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Julgamento de Bolsonaro pode gerar novas sanções dos EUA, temem Governo e STF

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O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o Supremo Tribunal Federal (STF) estão em estado de alerta, avaliando o potencial risco de novas sanções econômicas e restrições a autoridades brasileiras por parte dos Estados Unidos. A preocupação está diretamente ligada ao andamento do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro na Suprema Corte, com previsão para setembro. A avaliação interna é de que o governo americano, chefiado por Donald Trump, poderia intervir para influenciar o resultado.

De acordo com uma reportagem da Folha de S. Paulo, ministros do STF acreditam que há um interesse claro dos EUA em interferir politicamente na Corte, especialmente no que tange ao julgamento da “trama golpista”, onde Bolsonaro é apontado como um dos líderes. Apesar da percepção de uma possível pressão, as fontes consultadas pela reportagem foram enfáticas ao negar que o STF “se curvará” a essas ações.

Decisão de Flávio Dino Acende Alerta para Sanções Financeiras

Além do caso de Bolsonaro, o governo Lula teme o impacto econômico de uma decisão recente do ministro Flávio Dino. Em um processo sobre o rompimento da barragem de Mariana (MG), Dino decidiu que ordens judiciais de governos estrangeiros só terão validade no Brasil após serem validadas pelo STF. O temor do governo é que essa decisão seja interpretada como um sinal de que o tribunal estaria disposto a proteger bancos brasileiros que não cumpram sanções financeiras americanas, como a Lei Magnitsky.

A reportagem da Folha destaca que a Lei Magnitsky e uma sobretaxa de 50% na importação de produtos brasileiros foram ações americanas justificadas com a alegação de que Bolsonaro é vítima de perseguição política no Brasil, em benefício do governo Lula. Os americanos também argumentaram que o ministro Alexandre de Moraes estaria agindo contra os direitos humanos.

Fontes da reportagem afirmam que os americanos teriam outras ferramentas à disposição, como sanções a outros integrantes do STF. Essas medidas poderiam ser usadas como forma de intimidação durante o julgamento, intensificando a tensão entre as duas nações.

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