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Israel intensifica ataques no Irã: alvos incluem Instalações nucleares e militares, oficiais de inteligência mortos; vídeos

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Israel intensificou sua campanha militar contra o Irã no domingo, realizando ataques em dezenas de locais por todo o país, incluindo instalações de energia, sistemas de radar, mísseis balísticos e seus lançadores. A ofensiva, que já dura três dias, também resultou na morte de importantes oficiais de inteligência iranianos, marcando uma escalada significativa no conflito entre as duas nações.

As Forças de Defesa de Israel (IDF) confirmaram ter bombardeado um avião de reabastecimento iraniano no Aeroporto de Mashhad, no nordeste do Irã. Este ataque, a cerca de 2.300 quilômetros de Israel, é considerado o mais distante já realizado na operação em curso. Imagens de um grande incêndio no aeroporto de Mashhad circularam após o incidente, e as forças armadas israelenses declararam estar trabalhando para “alcançar a superioridade aérea em todo o Irã”.

Na manhã de segunda-feira, o exército israelense anunciou ter atingido locais de lançamento de mísseis terra-terra no centro do Irã. A ação ocorreu após o Comando da Frente Interna das IDF ter alertado os israelenses para se manterem próximos a abrigos, antecipando uma retaliação que não se concretizou imediatamente. Horas depois, no entanto, o Irã lançou ataques com mísseis contra o centro e o norte de Israel antes do amanhecer. As IDF afirmam estar tentando, desde sexta-feira, impedir ataques de mísseis iranianos.

O Chefe do Estado-Maior das IDF, Tenente-General Eyal Zamir, classificou a operação como “histórica e sem precedentes”, visando “prejudicar significativamente a ameaça existencial que o Irã construiu durante anos para nos destruir”. Ele destacou a atuação dos pilotos da Força Aérea, que estão voando “com grandes riscos, a centenas de quilômetros de distância do território israelense, atingindo centenas de alvos diversos com precisão”. Zamir também mencionou que a Força Aérea está atacando a “infraestrutura e o programa nuclear do Irã de maneira precisa e extensa, além do que o inimigo previa”.

Relatos de ataques aéreos generalizados na capital iraniana, Teerã, circularam nas redes sociais no domingo. Houve também relatos locais de explosões em esgotos e encanamentos de água em Teerã, supostamente ligadas aos ataques israelenses, embora as IDF não tenham comentado sobre o assunto. Ataques contra instalações militares iranianas em Shiraz também foram relatados, e a IDF informou ter lançado uma onda de ataques aéreos contra dezenas de alvos de mísseis balísticos no oeste do Irã. A mídia iraniana também noticiou ataques israelenses em Parchin, com vídeos de sistemas de defesa aérea sendo ativados na área.

As autoridades iranianas confirmaram no domingo a morte de importantes figuras da inteligência do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica (IRGC): o Brigadeiro-General Mohammad Kazemi, chefe de inteligência, e seu vice, Hassan Mohaqiq. Um terceiro oficial, Mohsen Bagheri, também foi morto em Teerã.

No domingo à noite, as IDF anunciaram ter completado uma “extensa” onda de ataques aéreos no Irã com o objetivo de destruir a capacidade de fabricação de armas do país. Os alvos incluíram infraestrutura pertencente ao IRGC, à Força Quds e às forças armadas iranianas, com “vários locais de produção de armas em todo o Irã” sendo atingidos. Vídeos divulgados pelos militares israelenses mostram um ataque a um lançador de mísseis terra-ar em Teerã, além de terem atingido locais de produção de mísseis balísticos e uma instalação de radar na capital.

Um prédio do Ministério das Relações Exteriores iraniano em Teerã foi atingido, segundo a agência de notícias semioficial Mehr. O presidente do Instituto de Estudos Políticos e Internacionais (IPIS), Saeed Khatibzadeh, afirmou que o ataque também danificou o prédio do IPIS, localizado em frente ao local atingido.

A agência de notícias iraniana IRNA noticiou a detonação de cinco carros-bomba em Teerã, atribuindo o ataque a Israel. No entanto, uma autoridade israelense negou o envolvimento de Israel. A mídia estatal iraniana afirmou no domingo que o número de mortos nos ataques israelenses desde sexta-feira subiu para 224, com 90% das vítimas sendo supostamente civis.

Este conflito aberto eclodiu na sexta-feira, quando Israel lançou uma grande ofensiva contra o Irã e seu programa nuclear, atingindo instalações nucleares, bases de mísseis e altos oficiais militares. Israel justificou a ação, afirmando que a inteligência indicava que Teerã estava se aproximando do “ponto sem retorno” em sua busca por armas nucleares, e que a operação visava eliminar a ameaça nuclear iraniana.

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