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Intoxicação por metanol: Bahia registra primeira morte suspeita e Brasil vê casos aumentarem

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A Bahia registrou nesta sexta-feira (3) o primeiro caso suspeito de intoxicação por metanol no estado, em Feira de Santana. O paciente, Marcos Evandro Santana da Costa, de 56 anos, deu entrada em uma UPA no domingo (28) e morreu na madrugada desta sexta-feira. Amostras biológicas foram enviadas para análise laboratorial e o resultado, que confirmará ou descartará o metanol, é esperado em até sete dias.

A morte na Bahia eleva as preocupações em nível nacional. Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil já soma 59 notificações de intoxicação por metanol até quinta-feira (2), sendo que 11 casos já foram confirmados em laboratório. A maioria dos registros é de São Paulo (53), seguido por Pernambuco (5) e Distrito Federal (1).

O perigo do metanol

A intoxicação está ligada ao consumo de bebidas alcoólicas adulteradas (como gin, vodca e whisky). O metanol é um álcool industrial altamente tóxico que, ao ser metabolizado pelo fígado, transforma-se em substâncias que atacam o cérebro, medula e nervo óptico, podendo levar a cegueira, coma e morte.

Em Feira de Santana, o Procon emitiu um alerta reforçando que consumidores devem redobrar a atenção a sinais de adulteração, como:

  • Preços muito abaixo do mercado.
  • Rótulos com erros de impressão ou lacres violados.
  • Ausência de nota fiscal e sabor/cheiro diferentes do habitual.
Busca urgente por antídoto

A Anvisa está em um esforço internacional para adquirir o fomepizol, o antídoto específico para a intoxicação por metanol, que ainda não tem registro sanitário no Brasil.

O Ministério da Saúde acionou a agência, que publicou um edital de chamamento para identificar fabricantes e distribuidores internacionais com fornecimento imediato do medicamento para o SUS.

Como alternativa terapêutica de urgência, a Anvisa também mapeou mais de 600 farmácias de manipulação e laboratórios farmacêuticos aptos a produzir o etanol grau farmacêutico, caso essa estratégia seja aprovada pelo Ministério da Saúde.

A população pode notificar casos suspeitos ligando para o Disque-Intoxicação (0800-722-6001), que encaminha a assistência ao Centro de Informação e Assistência Toxicológica (Ciatox) mais próximo.

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