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Incêndios florestais forçam evacuação de moradores na Grécia, Alemanha e Turquia enquanto onda de calor atormenta a Europa; vídeos

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Um incêndio florestal impulsionado por ventos fortes levou à evacuação de mais de 1.500 pessoas na ilha grega de Creta. O incidente ocorre enquanto vastas áreas da Europa continental enfrentam uma intensa onda de calor no início do verão, já associada a pelo menos nove mortes.

Cerca de 230 bombeiros, com 46 veículos e helicópteros, combatiam o fogo nesta quinta-feira. O incêndio começou 24 horas antes, próximo a Ierapetra, na costa sudeste da maior ilha da Grécia, ameaçando residências e hotéis. Um porta-voz dos bombeiros, Vassilis Vathrakogiannis, destacou as rajadas de vento, algumas atingindo 9 na escala Beaufort, que estão dificultando os esforços e provocando reacendimentos. Quatro assentamentos foram evacuados.

Moradores e turistas estão abrigados em um estádio coberto, e alguns deixaram Creta de barco, segundo autoridades. A mídia local reportou danos em algumas casas, e estima-se que mais 5.000 turistas deixaram o sudeste de Creta por conta própria. Ierapetra, um balneário com 23.000 habitantes, recebe milhares de turistas no verão, e a paisagem árida da ilha, com suas ravinas, dificulta o combate aos incêndios.

Focos de Incêndio na Grécia e Turquia e vítimas do Calor na Europa

Outro incêndio estava ativo na região de Halkidiki, Grécia, com 160 bombeiros e 49 veículos em ação. Na Turquia, milhares de pessoas fugiram de incêndios em Cesme e Odemis, na província costeira ocidental de Izmir. Um idoso faleceu no incêndio perto de Odemis, a cerca de 100 km a leste de Izmir, em uma das três vilas evacuadas na área.

Vathrakogiannis alertou que o risco de incêndios florestais destrutivos permanece “muito considerável” em julho, o mês mais quente do ano na Grécia, embora o país tenha sido em grande parte poupado da onda de calor que ainda afeta outras partes do sul e centro da Europa.

Na Alemanha, quase 500 bombeiros combatiam incêndios florestais no leste que feriram gravemente dois socorristas e forçaram a evacuação de mais de 100 pessoas perto de Gohrischheide, na fronteira entre a Saxônia e Brandemburgo. Os incêndios atingiram centenas de hectares de charnecas e permanecem fora de controle em algumas áreas devido à presença de munição não detonada em uma antiga área de treinamento militar.

Na França, o pior da onda de calor parece ter passado, com o sudeste registrando temperaturas de até 36°C. No entanto, partes da Espanha, Itália, Áustria, Hungria, Eslováquia, Polônia e Croácia devem atingir temperaturas em torno de 35°C nesta quinta-feira.

As autoridades italianas emitiram alertas vermelhos para 18 cidades, incluindo Roma, Milão e Turim, indicando que o calor intenso representa risco para todas as faixas etárias. Apagões temporários de energia são possíveis em Roma devido ao alto consumo de ar-condicionado. Pelo menos cinco pessoas morreram na Itália devido à onda de calor, incluindo duas na Sardenha, onde as temperaturas superaram os 40°C. Um operário da construção civil e uma mulher também faleceram. Uma medida que suspende o trabalho ao ar livre durante as horas mais quentes do dia entrou em vigor no país, embora não seja obrigatória.

Na Espanha, a mídia informou que as duas vítimas de um incêndio florestal em Torrefeta i Florejacs, que consumiu mais de 5.500 hectares, tinham 32 e 45 anos e morreram por inalação de fumaça.

A Albânia central registrou 40°C nesta quinta-feira, e a falta de chuva até setembro gera preocupações sobre a produção agrícola local. A Sérvia também alertou para uma “seca extrema” afetando as plantações.

Cientistas apontam que as ondas de calor na Europa chegaram mais cedo neste ano, com temperaturas subindo até 10°C em algumas regiões, impulsionadas pelo aquecimento dos mares que estimula a formação de uma “cúpula de calor” sobre grande parte do continente, retendo o ar quente.

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