Hugo Motta deixa destino de Ramagem e Eduardo Bolsonaro nas mãos da mesa diretora
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), optou por não levar o pedido de cassação do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) diretamente para votação em Plenário. A responsabilidade por deliberar sobre o parecer de cassação será transferida para a Mesa Diretora da Casa. Ramagem foi condenado a 16 anos e um mês de prisão por seu envolvimento na trama golpista que visava o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Atualmente, o deputado está foragido nos Estados Unidos.
A decisão de Motta de repassar o caso à Mesa Diretora tem o objetivo de reduzir a tensão entre a Câmara e o STF, cujo relacionamento se desgastou recentemente após o Plenário da Câmara desrespeitar uma ordem de Moraes ao rejeitar a cassação de Carla Zambelli. A ex-deputada, que renunciou ao mandato no domingo (14), cumpre pena de 10 anos na Itália por invasão a sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A Operação da Polícia Federal (PF) contra uma ex-assessora de Arthur Lira (PP-AL) também contribuiu para o estremecimento das relações entre os Poderes.
Além da situação de Ramagem, a Mesa Diretora também será responsável por analisar o mandato do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). O parlamentar, que também reside nos Estados Unidos, excedeu o limite de faltas permitido e corre o risco de perder seu assento na Câmara dos Deputados.


