Governo Trump classifica maior gangue da Colômbia, o Clã do Golfo, como grupo terrorista
O governo dos Estados Unidos anunciou na terça-feira a designação do Clã do Golfo, o grupo criminoso mais extenso da Colômbia, como uma Organização Terrorista Estrangeira (OTE).
O Secretário de Estado, Marco Rubio, emitiu uma declaração à imprensa descrevendo a organização como um “grupo criminoso violento e poderoso com milhares de membros”, cujo financiamento principal provém do tráfico de cocaína.
Segundo Rubio, o Clã do Golfo é diretamente responsável por “ataques terroristas contra funcionários públicos, forças policiais, militares e civis na Colômbia”. Esta ação ressalta a intenção americana de empregar “todas as ferramentas disponíveis para proteger nossa nação e impedir as campanhas de violência e terrorismo” realizadas por cartéis e organizações criminosas transnacionais.
Na Colômbia, o presidente Gustavo Petro tem mantido, por um lado, uma postura de combate agressivo, que incluiu até mesmo ações de bombardeio contra o grupo. Por outro lado, o governo colombiano tem buscado a paz através de negociações recentes em Doha, no Catar, com o braço armado do Clã do Golfo, que se autodenomina Exército Gaitanista da Colômbia (EGC).
Expansão das designações de OTE na América Latina
A nomeação do Clã do Golfo faz parte de uma tendência crescente de Washington em classificar grupos criminosos da América Latina como organizações terroristas.
O movimento começou em fevereiro, quando os EUA classificaram importantes grupos mexicanos, como o Cartel de Sinaloa, o Cartel Jalisco Nova Geração (CJNG), os Cartéis Unidos, o Cartel do Nordeste, o Cartel do Golfo e La Nueva Familia Michoacana, bem como a notória gangue salvadorenha Mara Salvatrucha e a gangue venezuelana Tren de Aragua, como organizações terroristas.
Mais recentemente, em maio, os grupos criminosos haitianos Viv Ansanm e Gran Grif também foram incluídos na lista de organizações terroristas estrangeiras.


