Frota de navios de guerra americanos é flagrada por satélite a poucos passos da Venezuela
A Marinha dos EUA intensificou sua presença no Caribe, posicionando navios de guerra e tropas perto da costa venezuelana, em um movimento que o governo do presidente Donald Trump descreve como uma ofensiva contra o tráfico de drogas. No entanto, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, vê a ação como uma tentativa de golpe de Estado, prometendo resistir a qualquer ataque.
O governo Trump iniciou a mobilização de recursos navais para combater grupos de “narcoterroristas”, incluindo o Tren de Aragua, que supostamente transporta drogas para os EUA. Imagens de satélite confirmam a presença de uma frota considerável, que inclui:
- Contratorpedeiros de mísseis guiados: USS Sampson, USS Gravely e USS Jason Dunham.
- Navio de combate litorâneo: USS Minneapolis-Saint Paul.
- Grupo de assalto anfíbio: USS Iwo Jima, USS San Antonio e USS Fort Lauderdale.
- Submarino e aeronaves: o submarino USS Newport News e aeronaves de patrulha P-8A Poseidon e C-17.
Segundo o governo americano, essa concentração militar é uma resposta direta a uma ordem executiva de Trump que designou cartéis latino-americanos como organizações terroristas.


Reação e Retórica de Maduro
Em resposta, Maduro acusou Trump de orquestrar um plano para derrubar seu governo e ordenou a mobilização de tropas ao longo da costa e das fronteiras. Ele declarou que a Venezuela está preparada para uma “luta armada” em defesa do país e que “nenhum império” profanará seu “solo sagrado”. A escalada de tensões gera preocupações sobre o potencial de conflito na região.



Apesar da retórica acalorada, especialistas consideram improvável uma invasão em grande escala da Venezuela. A falta de uma declaração formal de guerra pelo Congresso americano e as restrições do direito internacional tornam um ataque direto muito arriscado. No entanto, a crescente presença militar dos EUA no Caribe é vista como uma forma de aumentar a pressão sobre o regime de Maduro. Um ex-embaixador americano, Jimmy Story, descreveu o uso de tanto poder militar contra o tráfico de drogas como “usar um maçarico para cozinhar um ovo”, sugerindo que o objetivo real pode ser político, e não apenas de combate ao narcotráfico.
