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Forças de Israel bombardeiam alvos no complexo presidencial da capital do Iêmen, após grupo disparar míssil com ogiva de fragmentação; vídeos

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A Força Aérea Israelense (FAI) realizou no domingo um ataque massivo à capital do Iêmen, Sanaa, controlada pelos Houthis, matando pelo menos duas pessoas. A ofensiva, que marcou a 15ª vez que Israel ataca o grupo apoiado pelo Irã, foi uma resposta direta aos recentes lançamentos de mísseis e drones contra seu território.

O ataque ocorreu logo após uma investigação militar israelense sobre um projétil Houthi lançado na sexta-feira à noite. Pela primeira vez, a análise revelou que o grupo utilizou um míssil balístico com uma ogiva de bomba de fragmentação. A ogiva se desintegrou no ar, liberando submunições, e uma delas atingiu o quintal de uma casa no centro de Israel, na cidade de Ginaton, causando danos materiais leves. A moradora, Ilana Hatoumi, saiu ilesa por ter se abrigado em seu refúgio reforçado.

Em depoimento ao Canal 12, Hatoumi descreveu o momento de terror: “Houve duas explosões em casa… A casa inteira tremeu… A energia acabou… Achei que estava muito perto, mas não imaginei que estivesse na minha casa.” Ela encontrou a cozinha “destruída” com “todas as janelas, todo o chão, o chão estava cheio de cacos de vidro”.

As Forças de Defesa de Israel (FDI) declararam que os alvos em Sanaa foram um complexo militar no Palácio Presidencial iemenita, um depósito de combustível e duas usinas de energia. As FDI afirmam que o palácio, embora alguns veículos locais relatem que estava abandonado, está “localizado dentro de uma instalação militar” e que as usinas serviam como “uma importante instalação de fornecimento de eletricidade para atividades militares”. Segundo o ministério da saúde dos Houthis, o ataque israelense deixou dois mortos e 35 feridos.

A operação no Iêmen, localizado a cerca de 1.800 km de distância de Israel, envolveu aproximadamente doze aeronaves da FAI, incluindo caças e reabastecedores. Diversas operações de reabastecimento foram necessárias para o longo voo de ida e volta. Cerca de 35 munições foram lançadas contra os quatro alvos. A ação foi acompanhada em tempo real pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e pela cúpula militar israelense no quartel-general da FAI em Tel Aviv.

As FDI confirmaram que a falha na interceptação do míssil da sexta-feira está sob investigação, mas garantiram que a capacidade de seus sistemas de defesa aérea de interceptar esse tipo de míssil não foi comprometida. A FAI já havia lançado mísseis interceptadores na tentativa de abater os fragmentos menores que caíam. Eles destacaram que “os sistemas de defesa aérea, com ênfase na camada superior, são capazes de lidar e interceptar tais mísseis, como já fizeram no passado”. O Irã, que fornece apoio aos Houthis, já havia lançado mísseis com ogivas de bomba de fragmentação contra Israel em duas ocasiões anteriores.

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