Ex-secretário de Trump acusa CIA de interferência nas eleições brasileiras
Nesta quarta-feira (6), a Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (CREDN) realizou uma audiência pública com a presença de Michael Benz, ex-funcionário do Departamento de Estado dos EUA. Durante seu depoimento, Benz acusou o governo de Joe Biden de interferir na política brasileira, utilizando a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (Usaid) para financiar organizações de censura e campanhas contra a desinformação.
Segundo Benz, a interferência teria ocorrido por meio do apoio financeiro a grupos no Brasil, com o objetivo de influenciar a narrativa política e prejudicar o ex-presidente Jair Bolsonaro. O ex-secretário citou uma declaração conjunta de Biden e Lula que, em sua visão, buscava “reforçar a resiliência social contra a desinformação”, mas que na prática, significaria o uso de “dólares americanos para apoiar organizações no Brasil” com uma agenda política.
Benz ainda afirmou que o “deep state” americano teria triplicado o volume de verbas no Brasil para financiar ONGs e sindicatos, com a intenção de atacar diretamente Bolsonaro. Ele também disse que a Usaid teria exercido pressão para favorecer Lula nas eleições de 2022, usando programas de combate a “fake news” como forma de censurar apoiadores do então presidente, com o objetivo de impedir sua reeleição.
O ex-secretário mencionou ainda uma reunião no Comitê de Relações Exteriores americano para condenar o que ele classificou como “tratativas e ações corruptas do judiciário brasileiro”, como parte da sua argumentação sobre a interferência americana.
