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EUA sancionam presidente da Colômbia, Gustavo Petro, e família por narcotráfico

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O governo dos Estados Unidos impôs sanções ao presidente da Colômbia, Gustavo Petro, incluindo seu nome na “Lista de Cidadãos Especialmente Designados” (SDN) do Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC) do Departamento do Tesouro. A medida, anunciada nesta sexta-feira (24), enquadra a designação como parte das ações antidrogas dos EUA.

Além de Petro, as sanções atingem seu círculo íntimo, incluindo a primeira-dama, Verónica Alcocer, seu filho mais velho, Nicolás Fernando Petro Burgos, e o ministro do Interior, Armando Benedetti.

Justificativa dos EUA: boom da cocaína e “paz total”

O Secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, justificou a medida afirmando que, desde a posse de Petro em agosto de 2022, “a produção de cocaína na Colômbia disparou para a maior taxa em décadas”, inundando os EUA. Bessent acusou o presidente colombiano de permitir o crescimento dos cartéis de drogas e de se recusar a impedir a atividade.

A autoridade americana acrescentou que Petro “forneceu benefícios a organizações narcoterroristas” sob o pretexto de seu plano de “paz total”. Segundo o comunicado, o presidente Donald Trump está agindo para “proteger nossa nação” e sinalizar que não tolerará o tráfico de drogas.

Petro Responde a “ameaça cumprida”

Em resposta, Gustavo Petro utilizou sua conta na rede social X para confirmar que a inclusão dele, de sua esposa e filhos na lista da OFAC concretizou uma ameaça feita pelo senador americano Bernie Moreno.

Petro classificou a sanção como um “paradoxo” e uma afronta, alegando que sua longa e efetiva luta contra o narcotráfico resultou em uma punição do mesmo país que ele ajudou a proteger. “Um paradoxo, mas sem recuar e sem nos ajoelhar,” declarou, informando que o advogado Dany Kovalik, dos EUA, fará sua defesa.

Contexto da Disputa

A sanção agrava uma escalada de tensões recentes entre Petro e o presidente Trump. O embate começou após ataques a bomba dos EUA contra embarcações no Caribe e no Pacífico (em águas supostamente colombianas), que Petro condenou como “assassinato” e violação da soberania de seu país.

A postura firme de Petro levou Trump a rotulá-lo publicamente como um “líder do tráfico ilegal de drogas” e a ameaçar “medidas muito severas”. Petro rechaçou as acusações, dizendo que Trump estava sendo “enganado por seus assessores” e enfatizando que o presidente americano “não é um rei na Colômbia. Não aceitamos reis aqui.”

As sanções do OFAC bloqueiam quaisquer bens e interesses das pessoas designadas sob jurisdição dos EUA.

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