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EUA preocupados com ascensão assustadora da China na tecnologia espacial

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Esses avanços se concentram em três áreas cruciais: sistemas de rastreamento e ataque baseados no espaço, armas antissatélite e a integração dessas capacidades espaciais nas forças militares convencionais chinesas.

Até o final do ano passado, a China já havia lançado mais de 500 satélites com capacidades de inteligência, vigilância e reconhecimento (ISR). Recentemente, cientistas chineses revelaram uma câmera de rastreamento de satélites considerada a mais poderosa do mundo, capaz de capturar imagens com precisão milimétrica a mais de 100 quilômetros de distância.

Outra grande preocupação para os EUA é o arsenal de armas antissatélite da China. Essa gama inclui desde ataques cibernéticos e sistemas de interferência de GPS até mísseis de ascensão direta e satélites coorbitais, projetados para interceptar ou colidir com outros objetos no espaço.

Embora os EUA ainda tenham mais satélites, o General Michael Guetlein, vice-chefe de operações da Força Espacial dos EUA, alertou que a lacuna tecnológica entre os dois países diminuiu drasticamente. “Se não mudarmos nossa abordagem às operações espaciais, corremos o risco de que essa lacuna se reverta, colocando-nos em desvantagem”, afirmou Guetlein, segundo o The Telegraph.

Gold Dome: uma defesa limitada

Em resposta a essa crescente ameaça, o governo Donald Trump lançou o ambicioso Projeto Gold Dome, um investimento de US$ 542 bilhões. O objetivo é criar uma rede de satélites interceptadores capaz de detectar e destruir mísseis apontados para os EUA até 2029. No entanto, o sistema cobriria apenas o território americano. Isso significa que, em um conflito direto com a China em locais como Taiwan, Pequim não só teria uma vantagem territorial, mas também poderia dominar o espaço, deixando forças aliadas em desvantagem.

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