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EUA podem lançar a super bomba GBU-57 contra o Irã por ordem de Trump

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, considerou seriamente um ataque militar ao Irã, visando suas instalações nucleares, especialmente a unidade subterrânea de enriquecimento de urânio em Fordo. A deliberação ocorreu em uma reunião do Conselho de Segurança Nacional na Casa Branca, em meio a uma escalada de agressões entre Irã e Israel.

De acordo com autoridades americanas citadas pelo Axios, Trump estava avaliando a possibilidade de os EUA se juntarem ao conflito. Fontes israelenses, por sua vez, indicaram que o então primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e o alto escalão da defesa acreditavam que Trump provavelmente interviria nos próximos dias.

Ameaças e alvos potenciais

Anteriormente, Trump já havia emitido advertências ao Líder Supremo do Irã, o Aiatolá Ali Khamenei, afirmando ter conhecimento de seu paradeiro e indicando que a paciência americana estava se esgotando diante dos mísseis disparados contra civis e soldados.

O principal alvo de um possível ataque dos EUA seria a instalação de enriquecimento de urânio em Fordo, localizada a cerca de 100 quilômetros a sudoeste de Teerã. Essa instalação, subterrânea e altamente fortificada, exigiria o uso da maior arma antibunker do arsenal americano: a GBU-57, também conhecida como “pai de todas as bombas”.

A Bomba GBU-57: Um Arsenal Poderoso

A GBU-57 (Massive Ordnance Penetrator – MOP) é a maior bomba não nuclear dos EUA, projetada especificamente para destruir alvos subterrâneos e fortificados.1 Com 6,2 metros de comprimento e pesando 13.600 quilos (incluindo uma ogiva de 2.600 quilos), sua carcaça de aço endurecido permite penetrar até 60 metros de solo ou dezenas de metros de concreto armado antes de detonar. Guiada por GPS, a GBU-57 pode ser lançada pelo bombardeiro furtivo B-2 Spirit, aeronave que Israel não possui.2

O desenvolvimento da GBU-57 teve início em 2004, durante o governo George W. Bush, com o objetivo de neutralizar instalações nucleares subterrâneas. Testes e modificações foram realizados entre 2008 e 2017, validando sua eficácia.

Contexto da Escalada

A discussão de Trump com sua equipe de Segurança Nacional ocorreu após sua saída antecipada da cúpula do G7 no Canadá. Na ocasião, ele expressou o desejo de um “fim real” para a questão nuclear iraniana, com Teerã abandonando-a “completamente”, e não apenas um “cessar-fogo”.

Inicialmente, os EUA tentaram se distanciar do ataque israelense ao Irã na semana anterior, com o Secretário de Estado Marco Rubio negando qualquer envolvimento de Washington. No entanto, Trump posteriormente elogiou a ofensiva israelense como “excelente”, alertando para a possibilidade de mais ataques e revelando que os EUA tinham conhecimento prévio da operação, além de terem dado sinal verde para Israel bombardear as instalações nucleares iranianas. Durante esse período, também foi confirmado o auxílio americano a Israel na interceptação de mísseis balísticos iranianos.

A situação apresentava a Trump uma encruzilhada crucial: persistir em uma resolução pacífica ou engajar-se em um confronto militar direto, conforme reportado pelo The New York Times.


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