Close

EUA ordenam o envio de dezenas de caças aos céus do Caribe com ordem de Trump meio à escalada de tensão com a Venezuela

Compartilhe

Os Estados Unidos encomendaram 10 caças F-35 para serem enviados a Porto Rico, em um movimento que visa intensificar o combate aos cartéis de drogas na região, especialmente na Venezuela. A informação foi divulgada por fontes à Reuters.

Esses caças serão posicionados em um campo de aviação com o objetivo de realizar operações contra organizações narcoterroristas designadas, reforçando a presença militar americana no sul do Caribe. A expectativa é que os aviões estejam prontos para operar até o final da próxima semana.

A ação ocorre em um contexto de intensificação da guerra contra os cartéis de drogas promovida pelo governo Trump. Recentemente, os EUA realizaram um ataque a um navio que transportava drogas e partiu da Venezuela, operado pela gangue Tren de Aragua. Essa operação, que resultou na morte de 11 pessoas, foi descrita por Trump como um aviso para aqueles que tentam introduzir narcóticos nos Estados Unidos.

Trump tem reiteradamente culpado a gangue Tren de Aragua por contribuir para a violência e o tráfico de drogas em cidades americanas. Ele também acusou o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, de controlar as operações da gangue.

A mobilização dos F-35 em Porto Rico complementa a já significativa presença militar dos EUA nas proximidades da Venezuela. Nas últimas semanas, os Estados Unidos enviaram ao menos oito navios de guerra para o Caribe Oriental, além de um submarino de ataque rápido. Cerca de 4.500 fuzileiros navais e marinheiros americanos estão realizando exercícios em Porto Rico. Navios como o Gravely, Jason Dunham e Sampson, contratorpedeiros de mísseis guiados, estão patrulhando a região, realizando vigilância marítima e missões de escolta com suas capacidades avançadas de radar e mísseis.

Em resposta a essas movimentações, o presidente venezuelano Nicolás Maduro acusou os EUA de buscarem uma “mudança de regime por meio de ameaças militares” e declarou “máxima preparação para a defesa da Venezuela”, classificando a presença militar americana como “extravagante, injustificável, imoral e absolutamente criminosa e sangrenta”.

O Secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, por sua vez, expressou que tentativas anteriores de conter o fluxo de drogas da América Latina falharam, sugerindo que a única forma de deter os cartéis é através de ações diretas. O Secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, descreveu Maduro como o líder de um “narcoestado de drogas”.

Essa escalada militar e retórica acentuada sinaliza um aprofundamento do confronto entre os Estados Unidos e a Venezuela no que diz respeito ao combate ao narcotráfico.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

www.clmbrasil.com.br