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EUA mobilizam bombardeiros nucleares diante do agravamento da escalada entre Israel-Irã

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Em um cenário de crescente escalada entre Irã e Israel, com rumores sobre um possível envolvimento dos Estados Unidos, seis bombardeiros estratégicos B-2 Spirit, com capacidade furtiva, estão a caminho da ilha de Guam, no Pacífico. A informação foi divulgada pela Fox News.

Inicialmente, sites especializados em defesa haviam noticiado a partida de vários B-2 da Base Aérea de Whiteman, no Missouri, acompanhados por oito aeronaves de reabastecimento KC-135 Stratotanker. Houve especulações de que o destino inicial seria Diego Garcia, nas Ilhas Chagos, no Oceano Índico. No entanto, o portal The Aviationist posteriormente indicou a Base Aérea de Andersen, em Guam, como o provável destino.

Não está claro se a parada em Guam é apenas um ponto de escala para um eventual deslocamento posterior para Diego Garcia. Analistas sugerem que ataques poderiam, em teoria, ser lançados diretamente de Guam, mas a necessidade de sobrevoar outros países no caminho para o Irã poderia comprometer a segurança operacional.

Os bombardeiros B-2 são projetados para missões de ataque de longo alcance, com foco na penetração de alvos altamente protegidos, como instalações subterrâneas. Essas aeronaves são versáteis, capazes de transportar tanto armas convencionais quanto nucleares, e possuem uma autonomia de voo de aproximadamente 6.000 milhas náuticas sem necessidade de reabastecimento.

Entre as capacidades notáveis do B-2 está a habilidade de realizar ataques de destruição de bunkers utilizando a GBU-57 Massive Ordnance Penetrator (MOP), também conhecida como a “pai de todas as bombas”. Esta bomba guiada de precisão pesa impressionantes 13.600 kg. Cada bombardeiro pode carregar duas dessas munições, permitindo-lhe atingir estruturas fortificadas em uma única missão.

Apesar da magnitude do deslocamento, o Departamento de Defesa dos EUA ainda não confirmou oficialmente o destino final ou o objetivo desta movimentação. Contudo, a escala e a coordenação do voo sugerem uma operação pré-planejada.

Este envio ocorre em meio a diversas notícias sobre um possível envolvimento direto dos EUA no conflito entre Israel e Irã, que teve início em 13 de junho com um ataque iraniano a Israel, seguido por retaliações aéreas mútuas. Uma das principais questões levantadas é se Washington poderia considerar um ataque à usina de enriquecimento de urânio de Fordo, no Irã, possivelmente empregando a poderosa GBU-57.


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