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EUA emitem alerta para cidadãos no Oriente Médio e Norte da África por preocupação com escalada militar com o Irã

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A crescente tensão entre Washington e Teerã levou o Departamento de Estado dos EUA a emitir um alerta na quinta-feira (12) para seus cidadãos no Oriente Médio e Norte da África, aconselhando maior cautela. A agência destaca que cenários de tensão anteriores resultaram em interrupções de viagens e preocupações com a segurança.

Paralelamente, os Estados Unidos estão em alerta máximo diante da possibilidade de um ataque israelense ao Irã, conforme reportado pelo The Washington Post. Em resposta a essa iminente ameaça, o Departamento de Estado ordenou que todas as embaixadas dentro do alcance de mísseis iranianos ativem comitês de emergência para mitigar riscos, abrangendo missões no Oriente Médio, Leste Europeu e Norte da África.

Como resultado direto desse procedimento, o Secretário de Estado, Marco Rubio, autorizou a saída de pessoal não essencial do Iraque na quarta-feira (11). Uma autoridade, que preferiu não ser identificada, afirmou: “Estamos constantemente avaliando a situação do pessoal em todas as nossas embaixadas. […] Com base em nossas análises mais recentes, decidimos reduzir a presença da nossa Missão no Iraque.”

A preocupação se estende às famílias de militares. O Secretário de Defesa, Pete Hegseth, autorizou a “saída voluntária” de familiares de militares americanos de instalações em todo o Oriente Médio. Um funcionário do Pentágono ressaltou a coordenação entre o Comando Central dos EUA (CENTCOM) e o Departamento de Estado para manter a prontidão. Um diplomata sênior na região expressou o sentimento geral: “Acreditamos que a situação é mais grave do que em qualquer outro momento no passado.”

As tensões vêm escalando. Horas antes dos alertas, o Irã ameaçou atacar bases militares de Washington caso as negociações nucleares fracassem. O presidente dos EUA, Donald Trump, já havia ameaçado lançar ataques aéreos contra as instalações nucleares iranianas. Enquanto isso, o Irã insiste no caráter pacífico de seu programa e as negociações seguem, com a próxima reunião marcada para 15 de junho em Omã.

Em uma escalada retórica, o Conselho Supremo de Segurança Nacional do Irã declarou que, caso haja agressão, pode atacar as “instalações nucleares ocultas” de Israel, citando informações sobre o arsenal nuclear israelense. Relatos da mídia israelense indicam que o governo já discutiu secretamente preparativos para um possível confronto com o Irã.

O Irã, por sua vez, afirma estar em seu “nível mais alto de prontidão militar” e alerta que qualquer ato de agressão dos EUA ou de Israel será recebido com uma resposta “rápida e inesperada”, conforme um oficial de segurança iraniano de alto escalão declarou à Press TV.

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