EUA em alerta máximo para ataques cibernéticos de grupos apoiados pelo Irã contra infraestrutura crítica e hospitais
Hospitais e infraestruturas críticas nos Estados Unidos estão em alerta máximo, temendo uma onda de ciberataques apoiados pelo Irã. A medida seria uma resposta aos recentes ataques dos EUA contra instalações nucleares iranianas, conforme fontes da CNN International.
Desde os ataques de sábado, o monitor de compartilhamento de ameaças cibernéticas da rede elétrica americana intensificou a vigilância na dark web em busca de sinais de atividade iraniana. Além disso, o FBI notificou executivos de hospitais sobre a ameaça iminente.
Mesmo com o frágil cessar-fogo entre Irã e Israel, especialistas alertam que Teerã ainda pode buscar retaliação contra os EUA por seu envolvimento no conflito. Ciberataques representam uma forma de Teerã atingir os EUA, superando barreiras geográficas e seguindo um padrão já conhecido do regime, que o FBI responsabilizou por um ataque a um hospital infantil de Boston em 2021.
“A retaliação cinética do Irã já está em andamento, e a dimensão digital disso pode não estar muito distante”, disse Adam Meyers, vice-presidente sênior da CrowdStrike, à CNN International. Ele enfatizou que “esse elemento cibernético é o que lhes permite ampliar seu alcance, e há um ar de negação nisso.”
Relatórios do Departamento de Segurança Interna (DHS) também alertaram que o Irã poderia visar autoridades americanas se o regime se sentir ameaçado. O DHS indicou que “ciberataques de baixo nível contra redes dos EUA por hacktivistas pró-iranianos são prováveis, e atores cibernéticos afiliados ao governo iraniano podem conduzir ataques contra redes dos EUA.”
Os alertas para infraestruturas essenciais coincidem com a Associated Press reportando que bancos, empresas de defesa e do setor petrolífero dos EUA foram alvo de hackers pró-palestinos que apoiam Teerã. Dois desses grupos reivindicaram a autoria de ataques a mais de uma dezena de empresas de aviação, bancos e companhias petrolíferas.
