EUA bombardeiam mais de 70 alvos do Estado Islâmico em grande ofensiva na Síria; vídeos
As Forças Armadas dos Estados Unidos conduziram, nesta sexta-feira, uma série de ataques aéreos coordenados contra dezenas de alvos do Estado Islâmico (EI) em território sírio. A operação ocorre em represália direta a um atentado ocorrido no último final de semana que resultou na morte de militares americanos. Segundo fontes oficiais, a ofensiva atingiu mais de 70 pontos estratégicos, incluindo infraestruturas e depósitos de armamentos, concentrados principalmente na região central da Síria e na província de Deir el-Zour.
O presidente Donald Trump utilizou as redes sociais para confirmar a operação, classificando-a como uma “retaliação muito séria”. De acordo com o republicano, o novo governo sírio manifestou apoio integral à incursão. Esta postura foi ratificada pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros da Síria, que afirmou haver total coordenação entre as forças locais e americanas. O comando central dos EUA destacou ainda que a missão, batizada de “Operação Ataque do Gavião”, contou com o suporte tático de caças da força aérea jordaniana.
O estopim do conflito e baixas americanas
A escalada de violência foi desencadeada pela morte de dois membros da Guarda Nacional de Iowa e de um intérprete civil no último sábado, em Palmira. O comboio em que seguiam foi alvo de um atirador, posteriormente identificado pelo Ministério do Interior sírio como um membro das forças de segurança locais suspeito de simpatizar com o Estado Islâmico. Estas foram as primeiras baixas dos Estados Unidos no país desde a queda do regime de Bashar al-Assad, ocorrida no final de 2024.
Cenário político e persistência do terrorismo
Apesar da transição de poder na Síria — agora liderada por ex-rebeldes que derrubaram Assad —, o Estado Islâmico tem intensificado suas atividades, aproveitando-se do vácuo político para recrutar novos membros. Dados do Syria Weekly indicam uma média de 60 ataques mensais do grupo este ano. Diante desse cenário, o Secretário de Defesa, Pete Hegseth, enfatizou que os ataques não têm um prazo determinado para acabar e que os EUA continuarão a perseguir remanescentes do grupo terrorista para garantir a segurança regional.
Diplomacia e fim das sanções
Paralelamente à cooperação militar, a relação diplomática entre Washington e Damasco vive um novo momento. Na última quinta-feira, Trump sancionou a revogação das sanções econômicas que pesavam sobre a Síria desde a era Assad. A medida reflete o acordo de cooperação estabelecido no mês passado durante a visita do presidente sírio, Ahmed al-Sharaa, à Casa Branca, sinalizando uma frente unificada contra o extremismo islâmico na região.


