EUA atacam novo barco perto da Venezuela, deixam narcoterroristas mortos e classificam grupo ELN como ‘Al-Qaeda do Ocidente’
O Secretário de Guerra dos Estados Unidos, Pete Hegseth, confirmou neste domingo (19) que, sob a ordem do presidente Donald Trump, o Departamento de Guerra realizou um ataque a uma embarcação que seria “afiliada ao Exército de Libertação Nacional (ELN)”, grupo designado como terrorista, em águas internacionais sob a jurisdição do Comando Sul dos EUA, no dia 17 de outubro.
Hegseth justificou a ação, alegando que o barco estava envolvido no “contrabando ilícito de narcóticos” em uma “rota conhecida de tráfico” e transportava “quantidades substanciais” de drogas. Como resultado do ataque cinético letal, os “três narcoterroristas a bordo” foram mortos. O chefe do Pentágono classificou esses grupos como “a Al-Qaeda do Hemisfério Ocidental”, que usam violência e terrorismo para ameaçar a segurança nacional dos EUA.
O anúncio do ataque acontece em um cenário de intensa tensão diplomática entre Washington e Bogotá. O presidente Donald Trump ameaçou o presidente colombiano Gustavo Petro, prometendo fechar “campos de drogas” de forma “cruel” e o chamando de traficante de drogas. “Petro… faria bem em fechar imediatamente esses campos de extermínio, ou os EUA os fecharão para ele, e isso não será legal”, escreveu Trump.
Em uma escalada das hostilidades, Trump suspendeu todos os pagamentos e subsídios à Colômbia, classificando o dinheiro enviado como um “golpe de longo prazo contra a América”.
Em resposta, o presidente colombiano Gustavo Petro rejeitou as acusações, alegando que Trump está sendo “enganado por seus camaradas e assessores”. Petro defendeu seu histórico, afirmando ser quem mais ativamente tem combatido o narcotráfico na Colômbia, dizendo: “O principal inimigo que o narcotráfico teve na Colômbia no século XXI foi aquele que descobriu seus laços com o poder político colombiano. Esse era eu”.
As tensões se intensificam após um incidente anterior no Mar do Caribe, onde forças americanas bombardearam um barco que a Colômbia afirmou estar em suas águas territoriais e presumivelmente ser colombiano.


