EUA ampliam sanções e cancelam vistos de autoridades ligadas ao governo brasileiro
Em uma nova série de medidas retaliatórias, o governo dos Estados Unidos revogou os vistos de entrada de seis autoridades brasileiras, incluindo o advogado-geral da União, Jorge Messias. A decisão, anunciada pelo Departamento de Estado dos EUA, também afetou:
- José Levi, ex-AGU;
- Benedito Gonçalves, ex-ministro do TSE;
- Airton Vieira e Rafael Henrique Janela Tamai Rocha, juízes auxiliares do ministro Alexandre de Moraes no STF;
- Marco Antonio Martin Vargas, ex-assessor eleitoral.
Os familiares dessas autoridades também tiveram seus vistos cancelados.
Respostas e contexto
Jorge Messias confirmou a revogação de seu visto e criticou as ações dos EUA, classificando-as como “agressão injusta” e “totalmente incompatíveis” com os 200 anos de relações diplomáticas entre os dois países. Ele reafirmou seu compromisso com o sistema de justiça brasileiro.
As revogações de visto ocorreram no mesmo dia em que os EUA impuseram sanções, baseadas na Lei Magnitsky, a Viviane Barci de Moraes, esposa do ministro do STF Alexandre de Moraes. A Lei Magnitsky é usada para punir estrangeiros acusados de graves violações de direitos humanos ou corrupção.
Essas medidas são parte de uma escalada de retaliações do governo de Donald Trump contra autoridades brasileiras, iniciadas após a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado e as ações do STF contra empresas americanas, como a rede social Rumble. O próprio Alexandre de Moraes e outros sete ministros do STF já haviam tido seus vistos suspensos em julho.


