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Em julgamento de Bolsonaro, Moraes afirma que STF não cederá à pressão externa

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Em um duro discurso durante o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e de outros sete réus, o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou que a Corte não será intimidada por “ameaças ou coações”. Moraes descreveu as ações investigadas como “condutas dolosas e conscientes de uma verdadeira organização criminosa”, cujo objetivo era coagir o Judiciário e submeter a Corte a um “Estado estrangeiro”.

O julgamento, que começou na manhã desta terça-feira (2), foca no chamado “Núcleo 1” da acusação. Bolsonaro, que não compareceu presencialmente e acompanha a sessão de casa, é acusado de cinco crimes, incluindo tentativa de golpe de Estado, e pode enfrentar uma pena de até 43 anos de prisão, caso seja condenado.

Impunidade e a fragilidade da democracia

Em sua fala, Moraes lamentou que, mais uma vez na história republicana do Brasil, houve uma tentativa de golpe de Estado. Ele ressaltou a importância da reação da sociedade e das instituições, que, segundo ele, mostraram “sua força, sua resiliência” em face da tentativa de quebra institucional.

O ministro defendeu que a impunidade não é uma opção, pois ela “corrói a democracia”. Ele alertou que o caminho da omissão e da covardia deixa “cicatrizes traumáticas na sociedade”, fazendo um paralelo com o passado recente do país.

O julgamento está sendo conduzido pela Primeira Turma do STF, composta pelos ministros Alexandre de Moraes, Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin. A decisão final determinará o futuro dos réus e poderá ter implicações significativas para a política brasileira.

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