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Em depoimento, Mourão afirma que não participou de reuniões golpistas

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O senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS), ex-vice-presidente, afirmou nesta sexta-feira (23) ao Supremo Tribunal Federal (STF) que nunca participou de reuniões com Jair Bolsonaro para discutir a decretação de medidas de exceção no país. Mourão prestou depoimento como testemunha de defesa no inquérito que investiga a suposta trama golpista, que tem Bolsonaro e os generais Braga Netto, Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira como réus.

Durante seu depoimento, o senador negou ter presenciado ou tomado conhecimento de qualquer reunião com teor golpista no final do governo anterior. “Não participei de nenhuma reunião em que tivesse sido abordado esse tipo de assunto”, declarou.

Questionado pela defesa de Bolsonaro se o ex-presidente alguma vez mencionou a intenção de decretar medidas de exceção, Mourão foi enfático ao dizer que o assunto nunca foi levantado nos encontros que teve com Bolsonaro após a derrota nas eleições de 2022.

“Em todas essas oportunidades, em nenhum momento, ele mencionou qualquer medida que representasse uma ruptura. As conversas foram voltadas para a transição para que o novo governo assumisse no dia 1º de janeiro”, afirmou o senador.

Sobre os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, Mourão declarou que estava em casa e soube das invasões às sedes dos Três Poderes pelo noticiário na televisão. “Estava dentro da piscina. Era nessa situação que eu estava”, relatou.

O depoimento de Mourão é mais um capítulo na investigação que busca esclarecer as ações e intenções de membros do governo anterior em relação a uma possível tentativa de golpe de Estado.

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