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Em defesa de Trump, Zema justifica ‘retaliação’ a Moraes e aponta Lula como ‘causa’

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Com sua pré-candidatura à Presidência prestes a ser lançada, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), concedeu uma entrevista à BBC News Brasil que revela os desafios e estratégias de sua campanha para 2026. A principal delas é a possibilidade de não ter o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no primeiro turno, um cenário que Zema já admite ser provável.

O governador avalia que o campo da direita terá mais de um nome na disputa e que Bolsonaro poderia endossar outro candidato nessa fase inicial. No entanto, Zema ressaltou que, mesmo assim, acredita que estariam unidos em um eventual segundo turno.

A decisão de avançar com uma candidatura própria, mesmo sem o aval de Bolsonaro, é vista como crucial para o futuro do Partido Novo. O partido enfrenta um sério risco de não superar a cláusula de barreira em 2026. Para evitar ser afetado por essa regra, o Novo precisa eleger pelo menos 13 deputados federais — hoje tem apenas cinco — ou alcançar 2,5% dos votos válidos para a Câmara.

Na mesma entrevista, Zema abordou temas sensíveis, reforçando posições que podem gerar controvérsia. Ele declarou que, caso seja eleito, concederia anistia a Bolsonaro pelos atos de 8 de janeiro, argumentando que é preciso “passar uma régua e borracha nesse episódio e olhar para o futuro”. Essa promessa, no entanto, contrasta com uma pesquisa recente do Datafolha que mostra que 61% dos eleitores não votariam em um candidato que defende a anistia do ex-presidente.

Relações Internacionais e Críticas ao Governo

O governador também comentou sobre as sanções dos Estados Unidos ao ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. Zema se manifestou a favor das medidas e afirmou não enxergar nelas uma interferência no sistema judiciário brasileiro.

Por fim, ao falar sobre as tarifas comerciais, Zema atribuiu a responsabilidade pelo “tarifaço” ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), apesar de já ter criticado medidas semelhantes impostas pelo presidente americano Donald Trump. O governador comparou os Estados Unidos a um “cliente que deve ser bem tratado”.

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