Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça
Uma vez iluminados pela luz recebida da palavra da vida, temos de resolver a questão de nossos pecados. A maneira prática de fazer isso é mediante arrependimento e confissão: “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” (1 Jo 1:9).
Há uma diferença entre injustiça e pecado. Injustiça é o primeiro sinal de pecado. Por exemplo: se, em minha mente, julgo negativamente o irmão que serve a meu lado, isso é injustiça.
Posso não verbalizar nem transformar isso em atos, mas posso passar a sentir antipatia ou não gostar mais dele. Também podemos ser acometidos por injustiça em situações em que, como Lúcifer, desejamos receber mais reconhecimento da parte dos irmãos, almejando posições de destaque e visibilidade. É preciso resolver essa situação de injustiça! Caso contrário, ela se tornará um pecado e interromperá a circulação da vida, causando morte.
Alguém pode dizer: “Será que estarei servindo sempre na mesma função?”. Quando jovem, além de outras tarefas, eu fazia a limpeza dos banheiros do local de reuniões. Sempre servi com a expectativa de que o Senhor, quando voltasse, me encontrasse sendo fiel no pouco, porque assim, no reino, Ele me colocaria sobre o muito (Mt 25:23). Servir ao Senhor é uma honra.
Outro aspecto sobre o serviço ao Senhor é que não devemos dar relevância a cargos ou a reconhecimento, porque na igreja não há cargos! O Senhor é quem dispõe os membros em Seu Corpo como Lhe apraz (1 Co 12:18).
Se hoje alguém exerce maior responsabilidade, é porque foi fiel no pouco. O boi que serve no campo nunca exige de seu dono aumento de salário ou férias. Ele só sabe servir! Nós devemos ter a mesma atitude: servir ao Senhor sem esperar recompensas ou elogios.
Se não permanecemos na circulação da vida, corremos o risco de o pecado nos alcançar, e, como consequência, a comunhão da vida é interrompida.
A pior coisa que pode acontecer a um ramo da videira é perder o acesso à seiva. Da mesma forma, se um membro de nosso corpo for privado da circulação sanguínea, necrosará.
Essa era uma grande preocupação de João, tanto que, no início do segundo capítulo, lemos: “Se, todavia, alguém pecar” (1 Jo 2:1).
Por não ser imunes ao pecado, podemos esporadicamente ser vencidos por ele e, se isso ocorrer, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo! Somente Ele pode defender-nos, porque, assim como Deus, Ele é justo. Em grego, “advogado” é parakletos e indica alguém chamado para estar ao lado de outro para ajudá-lo, prestar-lhe auxílio legal diante de um juiz, ser um conselheiro, um intercessor. Temos esse advogado para impedir que a circulação da vida seja interrompida.
Além de advogado, Jesus também é nosso consolador, conselheiro e intercessor o tempo todo (Jo 14:16). Enquanto esteve com os discípulos, Jesus sempre assumiu esse papel. Para poder defender-nos, Ele morreu e realizou nossa redenção, a fim de permitir que o outro Consolador viesse até nós como o Espírito da verdade, que o Pai enviou em Seu nome (v. 26). Hoje Ele está dentro de nós, orientando-nos a todo momento. Graças ao Senhor, temos o outro Consolador, sem O qual estaríamos perdidos! Louvado seja nosso Senhor Jesus.
Salete Sartori colunista do Devocional do dia