Eduardo diz que pode lançar candidatura a presidente em 2026 caso Bolsonaro fique fora da disputa
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) declarou nesta quinta-feira (2) que será candidato à Presidência da República em 2026, caso seu pai, Jair Bolsonaro, continue inelegível e preso. O parlamentar, que atualmente mora nos Estados Unidos, afirmou que levará o projeto adiante mesmo que o Partido Liberal (PL) ou seu pai decidam apoiar outro nome da direita.
Em entrevista ao SBT, Eduardo Bolsonaro justificou sua decisão:
“Eu acho que há um espaço, a robustez numa candidatura com o sobrenome Bolsonaro… Acredito que nós estamos no momento em que estou maduro o suficiente. A única coisa que me fará não ser candidato é a candidatura do presidente Jair Bolsonaro.”
Ele destacou que sua candidatura visa “derrubar a estratégia” dos opositores, que, segundo ele, estão forçando seu pai, a quem considera “refém”, a tomar decisões sob pressão.
Campanha dos EUA e risco de prisão
Eduardo Bolsonaro não planeja retornar ao Brasil agora, alegando risco de ser preso “mesmo sem ter cometido nenhum tipo de crime”. Por isso, ele considera a possibilidade de fazer uma campanha eleitoral à distância, apostando na força das redes sociais.
O deputado citou o exemplo histórico de Epitácio Pessoa, eleito presidente em 1919 enquanto estava em Paris, para validar sua estratégia de campanha remota.
Sobre o apoio partidário, ele sinalizou que deseja permanecer no PL — “o maior partido da Câmara” e o atual partido de seu pai —, mas não descartou a mudança de legenda se for necessário para obter “suporte”.
Negativa de coação e atuação nos EUA
O parlamentar negou as acusações da Procuradoria-Geral da República (PGR) de que estaria cometendo coação ao atuar junto ao governo de Donald Trump para supostamente atrapalhar os processos contra Jair Bolsonaro.
Ele classificou a denúncia como uma “estratégia” para o tirar do pleito de 2026.
Eduardo Bolsonaro ainda alertou que, sem a aprovação de uma anistia, outras autoridades brasileiras poderiam se tornar alvo de sanções internacionais articuladas por Trump, mencionando a possibilidade de atingir “outros ministros da Suprema Corte” e “delegados da Polícia Federal”.
Por fim, o deputado defendeu o encontro entre Lula (PT) e Donald Trump na ONU, classificando a postura do ex-presidente americano como “genialidade”, e disse ser favorável a uma reunião presencial entre os dois líderes.
