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Eduardo Bolsonaro tem indicação para líder da minoria barrada por Hugo Motta

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O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), vetou a indicação do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) para a liderança da minoria, uma decisão que expõe a sua ausência do Brasil e pode abrir caminho para a cassação de seu mandato. A medida foi anunciada nesta terça-feira (23), uma semana depois que o parlamentar, que vive nos Estados Unidos desde março, foi escolhido para o cargo.

O Motivo do Veto

Em sua decisão, Motta justificou que a indicação foi barrada porque Eduardo não cumpre o dever de presença presencial no Congresso, uma obrigação essencial para um parlamentar. Ele destacou que o deputado não registra presença ou voto na Câmara desde o dia 20 de julho e, além disso, não comunicou oficialmente sua ausência ao país, o que “viola o dever funcional”.

A liderança da minoria era vista como uma estratégia da oposição para proteger o mandato de Eduardo, já que o cargo o isentaria de justificar suas faltas. Sem o cargo, no entanto, ele continua acumulando ausências, o que pode levar à perda de seu mandato por falta de frequência nas sessões.

Motta afirmou que a ausência física impede Eduardo de exercer as funções essenciais de liderança, como a participação em plenários e comissões, tornando sua atuação “meramente simbólica”.

A Jornada de Eduardo Bolsonaro nos EUA

Desde março, Eduardo Bolsonaro está nos Estados Unidos, onde ele afirmou estar buscando apoio do governo de Donald Trump para pressionar o Brasil a conceder anistia a seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro. O deputado chegou a defender sanções econômicas contra o Brasil, citando a “perseguição política” contra o ex-presidente.

Em agosto, Eduardo foi indiciado pela Polícia Federal por suposta obstrução do julgamento do pai por tentativa de golpe de Estado. A investigação apontou que ele e Jair Bolsonaro usaram articulações internacionais para deslegitimar as instituições brasileiras e influenciar parlamentares norte-americanos. Em uma ocasião, Eduardo chegou a mencionar a possibilidade de uma tarifa comercial de 50% sobre produtos brasileiros, uma medida que o então presidente Donald Trump anunciou dias depois, citando a “vergonha internacional” do tratamento dado ao ex-presidente.

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