Diretor da PF diz que inquéritos sobre Bolsonaro estão próximos do fim
Nesta quarta-feira, o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, anunciou que os inquéritos envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro estão próximos do fim. As investigações abrangem desde a posse indevida de joias dadas pelo governo saudita até alegações de fraude no cartão de vacinação e suspeitas de tentativa de golpe de Estado pós-eleições de 2022.
Jair Bolsonaro já foi indiciado por fraudes em seu cartão de vacinação. A Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou apurações complementares e a versão final do relatório, acrescida das mudanças, também está em vias de conclusão. “Havia ainda pendências da cooperação internacional.
Nossa equipe retornou recentemente dos Estados Unidos com os dados e informações que entendeu que são suficientes. Portanto, se encaminha para a análise final e relatório dessa etapa de investigação”, disse o diretor-geral da PF.
As diligências que apuram uma possível tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022 devem ser concluídas até julho, segundo Rodrigues. A investigação faz parte de uma ação que tramita em sigilo no Supremo Tribunal Federal (STF). É neste inquérito que se insere a Operação Tempus Veritatis, deflagrada em fevereiro contra aliados próximos a Jair Bolsonaro, além do próprio ex-presidente.
“Garanto que se houver a participação de qualquer pessoa, ela será apontada e apresentada”, disse Andrei Rodrigues.
À PF, cabe o indiciamento ou não dos investigados, enquanto o encaminhamento da denúncia compete ao Ministério Público. O eventual julgamento, por sua vez, é atribuição do Judiciário. No tocante a Jair Bolsonaro, este caminho passa pela PGR, a cúpula do Ministério Público e, em caso de julgamento, pelo STF, pela prerrogativa de foro especial.