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Deputados da oposição conquista assinaturas e dá passo decisivo para CPI do INSS na Câmara

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A bancada de oposição na Câmara dos Deputados conseguiu o apoio de 171 parlamentares e protocolou, na noite desta terça-feira, um requerimento para a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) com o objetivo de investigar um esquema de descontos irregulares em pensões e aposentadorias. A decisão de abrir ou não a investigação agora está nas mãos do presidente da Casa, Hugo Motta.

O pedido de CPI, liderado pelo deputado federal Coronel Chrisóstomo (PL-RO), surge como resposta à recente operação conjunta da Polícia Federal (PF) e da Controladoria-Geral da União (CGU). A operação “Sem Desconto” revelou um esquema de cobranças indevidas que alcançou a cifra de R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024.

De acordo com o deputado Chrisóstomo, a investigação da PF expôs um “esquema de desvio de contribuições sindicais não autorizadas, com falsificação de assinaturas e outros crimes”, envolvendo ao menos 11 sindicatos e movimentando ilegalmente cerca de R$ 6,3 bilhões.

A megaoperação da PF e da CGU, deflagrada na semana passada, mirou os descontos não autorizados em benefícios pagos pelo INSS. A Justiça do Distrito Federal autorizou a ação, que mobilizou centenas de policiais e auditores, para desarticular um esquema de âmbito nacional.

As investigações preliminares indicam que os descontos totais somam R$ 6,3 bilhões no período de 2019 a 2024, mas a parcela referente a descontos ilegais ainda será determinada. A apuração revelou que valores eram descontados mensalmente dos beneficiários do INSS sob a alegação de adesão a associações de aposentados, mesmo sem a filiação ou autorização dos segurados.

Em resposta à operação, o governo federal suspendeu todos os acordos que permitiam descontos diretamente nas aposentadorias.

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