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Deputada Carla Zambelli pode ser presa a qualquer instante na Itália

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A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) pode ser presa a qualquer momento na Itália, segundo o embaixador brasileiro no país, Renato Mosca. A parlamentar está na lista de difusão vermelha da Interpol, e as autoridades judiciais italianas acataram o pedido de detenção.

“É evidente que há uma mobilização para deter a deputada porque ela está na lista de difusão vermelha da Interpol. As autoridades judiciais italianas acataram o pedido e, hoje, ela poderá ser presa a qualquer momento”, declarou Mosca. Ele explicou que, desde a validação do pedido pela Interpol, as forças policiais italianas estão em busca do paradeiro da deputada, considerada foragida da Justiça brasileira.

Mosca esclareceu que não há uma operação específica de busca e apreensão. Segundo as leis italianas, Zambelli não pode ser presa em seu domicílio, como uma casa ou hotel, mas há um mandado de prisão provisória para fins extradicionais, resultado do pedido da Interpol solicitado pelo governo brasileiro e referendado pelas autoridades italianas. “Ela pode ser presa em qualquer lugar que não seja inviolável, como a residência dela”, pontuou o embaixador.

O embaixador Renato Mosca afirmou que a Constituição italiana prevê a extradição de brasileiros com nacionalidade italiana (ítalo-brasileiros) por meio de um tratado entre Brasil e Itália. “Nossa cooperação [entre Brasil e Itália] penal e jurídica é muito eficaz. Temos, hoje, 14 pedidos de extradição de brasileiros, sendo que quatro deles são ítalo-brasileiros. Em 2025 tivemos a extradição de um ítalo-brasileiro”, detalhou.

“Não há impeditivo [de extradição de um ítalo-brasileiro], mas é uma decisão soberana e autônoma da justiça e do governo italiano. Mas a constituição do país não veda totalmente a extradição, tanto que há jurisprudência”, destacou Mosca.

O pedido formal de extradição foi entregue ao governo italiano nesta quinta-feira (12). Com isso, a Itália agora cumpre a solicitação da Interpol para a captura da deputada. Mosca explicou que, após a entrega, o pedido passará a tramitar imediatamente na justiça italiana.

“Como um processo extradicional é um processo jurídico e político, nesse momento estamos mobilizados com a polícia italiana na localização da deputada, na sua prisão. Posteriormente, o judiciário italiano fará a avaliação e ela terá amplo direito de defesa”, disse o embaixador. A expectativa é que o processo de extradição leve menos de um ano.

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