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Defesa de ex-assessor de Bolsonaro pede apuração contra delegado da Polícia Federal

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A defesa de Filipe Martins, ex-assessor presidencial e réu no processo sobre a alegada trama golpista, solicitou uma investigação contra o delegado da Polícia Federal (PF) Fábio Shor. O delegado foi o responsável pela prisão de Martins em 2024, baseada na acusação de que ele teria viajado para os Estados Unidos no final do governo de Jair Bolsonaro, o que era um elemento crucial para a manutenção da custódia, que durou seis meses em uma penitenciária de Curitiba (PR).

O pedido de apuração ocorre após autoridades norte-americanas terem confirmado, em 10 de outubro, que o registro de entrada de Martins nos EUA era “falso”.

Em contrapartida, nesta segunda-feira (20), o delegado Fábio Shor pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que investigue a informação incorreta da imigração e sugeriu que o próprio Martins poderia ter forjado o registro de entrada no território americano.

Os advogados de Martins, Jeffrey Chiquini e Ricardo Scheiffer Fernandes, rebatem a acusação, alegando que o delegado agiu de “má-fé” na tentativa de “mascarar a negligência” de uma prisão que consideram sem fundamentos. Segundo a defesa, Shor está tentando “justificar, retroativamente, uma prisão sem fundamentos, transformando o inquérito em palanque para defender sua própria reputação”.

A defesa anunciou ainda que irá acionar a Controladoria-Geral da União (CGU) e o Ministério Público Federal (MPF) contra o delegado, alegando que Shor teria ignorado provas que confirmavam que o ex-assessor jamais deixou o Brasil no final de 2022.

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