Damares Alves aciona PGR com pedido de impeachment e representação criminal contra Alexandre de Moraes

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A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) encabeça uma nova ofensiva jurídica e política contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Nesta terça-feira (23), a parlamentar encaminha à Procuradoria-Geral da República (PGR) uma denúncia que inclui um pedido de impeachment e uma representação criminal contra o magistrado. A iniciativa é acompanhada pelos senadores Eduardo Girão (Novo) e Magno Malta (PL-ES), que solicitam a abertura imediata de um inquérito para investigar possíveis irregularidades cometidas pelo ministro.

O movimento dos senadores baseia-se em informações divulgadas pela jornalista Malu Gaspar, do jornal O Globo. Segundo a reportagem, Moraes teria contatado o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, em pelo menos quatro ocasiões para exercer pressão em favor do Banco Master.

Os parlamentares também citam relatos de que o ministro teria realizado ligações para monitorar o andamento da operação de venda do Master para o Banco de Brasília (BRB). Diante da gravidade das suspeitas, Damares Alves também protocolou no Senado um convite para que Moraes preste esclarecimentos oficiais sobre o caso.

Rito do impeachment e papel da PGR

O pedido de destituição do cargo agora depende de um fluxo institucional que começa na PGR. Os senadores solicitam que o procurador-geral da República, Paulo Gonet, acolha a denúncia. Caso a PGR dê seguimento ao processo, caberá ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), realizar a análise de admissibilidade do pedido de impeachment, etapa fundamental para que o processo avance na Casa Legislativa.

Resposta oficial do STF

Em nota oficial, o ministro Alexandre de Moraes refutou as acusações e justificou seus contatos com lideranças do setor financeiro. De acordo com o texto, as reuniões com os presidentes do Banco Central, Banco do Brasil e outras instituições privadas ocorreram estritamente para discutir os impactos da aplicação da Lei Magnitsky.

O STF afirma que os encontros trataram de questões técnicas sobre movimentações bancárias e manutenção de contas e cartões, negando qualquer tipo de interferência indevida em favor de instituições específicas.

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