Cometa Lemmon atinge máxima proximidade da Terra e Ilumina o céu brasileiro; veja como observar
O cometa C/2025 A6 (Lemmon), descoberto em janeiro no observatório Mount Lemmon, no Arizona (EUA), atinge seu ponto máximo de brilho e visibilidade esta semana, permitindo a observação do Brasil e de outras partes do mundo.
O corpo celeste fez sua máxima aproximação da Terra na última terça-feira (21), ficando a cerca de 90 milhões de quilômetros de distância, antes de seguir em direção ao Sol. Essa proximidade e a intensa reflexão da luz solar em sua superfície gelada fazem com que o astro brilhe mais.
De acordo com a Royal Astronomical Society, o Lemmon é o cometa mais fácil de ver em 2025. Embora o Hemisfério Norte tenha as melhores condições até o fim de outubro, o “jogo vira” nos próximos dias.
No Brasil, a partir do dia 27 ou 28, haverá boas chances de ver o Lemmon logo após o pôr do Sol, próximo aos planetas Mercúrio e Marte e à estrela Antares, na constelação de Escorpião. O brilho do cometa pode se intensificar ainda mais, especialmente perto do dia 8 de novembro, data em que alcança o periélio (ponto de maior proximidade com o Sol).

Petr Horálek )
Para observá-lo, binóculos ou telescópios revelarão um ponto esverdeado com cauda tênue, coloração resultante de gases como cianogênio e carbono diatômico. Em locais sem poluição luminosa, é possível tentar vê-lo a olho nu como um ponto discreto e difuso.
A passagem do Lemmon coincide com outro evento celeste: a chuva de meteoros Orionídeos, ativa entre 2 de outubro e 7 de novembro, com pico também nesta semana. O fenômeno, causado por fragmentos do cometa Halley, produz as chamadas “estrelas cadentes”. Astrônomos recomendam buscar áreas escuras e dar tempo para os olhos se adaptarem para aproveitar a visão de dezenas delas por hora.
Outros cometas brilhantes em destaque:
- C/2024 G3 (ATLAS): Brilho máximo previsto para janeiro de 2025, visível com binóculos.
- 24P/Schaumasse: Brilho máximo em janeiro de 2026, visível com pequenos telescópios na madrugada.
- 210P/Christensen: Brilho máximo em novembro, visível com pequenos telescópios no final da madrugada.
