Chuva atinge SP, faz número de imóveis sem luz subir novamente; cidade sob alerta de alagamentos
A situação do fornecimento de energia elétrica na Grande São Paulo voltou a se deteriorar após as recentes chuvas na região. O número de clientes sem luz aumentou significativamente no final da tarde, um agravamento da crise que atinge a metrópole desde a forte tempestade da última quarta-feira.
De acordo com o boletim mais recente da Enel, às 17h02, 736.549 imóveis estavam com o fornecimento interrompido na área de concessão. Esse número representa uma alta em relação ao registro anterior da concessionária, que às 15h17 indicava 601.752 clientes afetados. A escalada do problema coincidiu com o estado de atenção para alagamentos decretado pelo Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) em toda a capital paulista por volta das 15h10.
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O pico de desabastecimento ocorreu na quarta-feira (10), quando rajadas de vento atingiram até 96 km/h na região de Congonhas. Naquele dia, o blecaute chegou a atingir 2,2 milhões de unidades consumidoras.
Impactos em serviços essenciais
A persistente falta de energia continua a causar transtornos significativos em serviços cruciais. A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) informou que, às 17h desta sexta-feira, 129 semáforos estavam apagados devido à ausência de energia elétrica, somando-se a outros 11 que apresentavam falhas ou estavam em modo de alerta (amarelo piscante). O apagão também afeta o abastecimento de água e a mobilidade urbana de forma geral.
Em contraste com o caos da última quarta-feira, a operação nos aeroportos de Congonhas (capital) e Guarulhos foi normalizada, após dias de grandes atrasos e cancelamentos de voos.
Concessionária não presta previsão de normalização
Questionada sobre o prazo para a solução completa do problema, a Enel informou que não há uma data definida para a normalização total do serviço.
A concessionária reiterou em seu comunicado que a origem do problema foi o evento climático extremo. A empresa responsabiliza um “ciclone extratropical e um vendaval histórico”, conforme classificação do Inmet, que perdurou por cerca de 12 horas na quarta-feira. A nota detalha que as fortes rajadas de até 98 km/h causaram a queda de árvores, galhos e objetos sobre a rede elétrica.
Na quinta-feira, a presença de pátios repletos de veículos de manutenção parados gerou questionamentos, mas a Enel justificou a situação afirmando que os carros pertenciam a equipes em diferentes turnos de trabalho.
Todas as 24 cidades Atendidas foram afetadas
Segundo informações da própria Enel, a força dos ventos da última quarta-feira impactou todos os 24 municípios que fazem parte de sua área de concessão.
- Municípios afetados: Barueri, Carapicuíba, Cajamar, Cotia, Diadema, Embu-Guaçu, Embu, Itapecerica da Serra, Itapevi, Jandira, Juquitiba, Mauá, Osasco, Pirapora do Bom Jesus, Rio Grande da Serra, Ribeirão Pires, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, São Lourenço da Serra, Santo André, Santana de Parnaíba, São Paulo, Taboão da Serra e Vargem Grande.


