China demonstra força com exercícios de tiro real e cerco multidimensional a Taiwan; vídeo

Compartilhe

O Comando do Teatro Oriental das Forças Armadas da China deu continuidade, nesta terça-feira, a uma série de exercícios de tiro real de longo alcance em águas estrategicamente localizadas ao norte de Taiwan. A operação, que mobiliza de forma integrada os braços terrestre, aéreo, naval e de mísseis de Pequim, marca uma escalada na demonstração de força militar na região.

Sob o codinome “Missão Justiça 2025”, as manobras envolvem um robusto arsenal que inclui destróieres, fragatas, caças e bombardeiros. De acordo com informações oficiais do comando chinês, as frentes de treinamento abrangem desde a identificação e expulsão de embarcações até simulações de ataques marítimos e defesas antiaéreas e antissubmarinas. O objetivo central, segundo o comunicado, é validar a capacidade de bloqueio integrado e a sincronia tática entre as forças de ar e mar.

Resposta política e alerta contra interferência externa

Iniciados na manhã de segunda-feira, os exercícios foram classificados pelo porta-voz militar Shi Yi como um “aviso severo”. A retórica de Pequim reforça que a mobilização é uma resposta direta a movimentos separatistas em Taiwan e ao que chamam de interferência de potências estrangeiras. Para o comando chinês, as atividades são medidas legítimas para garantir a soberania nacional, focando na obtenção de superioridade regional e na dissuasão multidimensional através do controle de portos e áreas-chave.

Taiwan monitora atividade recorde em seu espaço defensivo

Em contrapartida, o Ministério da Defesa de Taiwan relatou uma presença militar massiva em seu entorno. O levantamento aponta a detecção de 130 aeronaves e 22 embarcações (entre navios de guerra e oficiais) operando nas proximidades da ilha. Um dado alarmante para Taipé é que 90 desses aviões ultrapassaram a linha mediana do Estreito de Taiwan, infiltrando-se em múltiplas zonas de identificação de defesa aérea (ADIZ) ao norte, centro, sudoeste e leste do território.

Tensões geopolíticas e o apoio armamentista dos EUA

O acirramento dos exercícios ocorre em um momento de atrito diplomático agudo, logo após os Estados Unidos autorizarem a venda de um pacote de armamentos para Taiwan avaliado em mais de 11 bilhões de dólares. Pequim interpreta o apoio bélico americano como uma violação frontal de sua integridade territorial e prometeu manter uma postura firme e decisiva contra o que considera uma afronta à sua segurança interna.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

www.clmbrasil.com.br