China cerca Taiwan com megaexercício militar com bombardeiros e faz “aviso grave” contra independência; vídeos

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O Exército de Libertação Popular da China deu início nesta segunda-feira (29) a manobras militares de larga escala ao redor de Taiwan, em uma operação denominada “Missão Justiça 2025”. Segundo o porta-voz do Comando do Teatro Oriental, Shi Yi, os exercícios funcionam como uma advertência severa às forças que buscam a emancipação da ilha.

A movimentação mobiliza tropas do Exército, Marinha, Força Aérea e Força de Mísseis, concentrando-se no Estreito de Taiwan e nas áreas norte, sul e leste do território, em um cerco multidimensional coordenado de várias direções.

Estratégia de cerco e ataques de precisão

As operações focam em patrulhas de prontidão de combate e no estabelecimento de superioridade aérea e marítima. O objetivo central, conforme comunicado oficial, é simular o bloqueio de portos e áreas estratégicas, testando a capacidade das forças armadas chinesas em realizar ataques conjuntos.

Momentos após o início das manobras, o Comando anunciou o uso de caças, bombardeiros e drones, coordenados com mísseis de longo alcance, para atingir alvos terrestres em movimento. O governo chinês afirma que o treinamento serve para avaliar a eficácia de ataques de precisão contra pontos estratégicos da ilha.

Tensões diplomáticas e interferência externa

O Ministério das Relações Exteriores da China, por meio do porta-voz Lin Jian, reforçou que as manobras são uma resposta necessária para defender a soberania e a integridade territorial do país. Pequim acusa o governo de Taipei de transformar a ilha em um “depósito de munições” com o suporte dos Estados Unidos, alertando que a tentativa de potências estrangeiras de usar Taiwan para conter a China gera instabilidade regional.

Os exercícios com munição real, que devem se estender até terça-feira, ocorrem logo após Washington aprovar um pacote de assistência militar a Taiwan avaliado em mais de 11 bilhões de dólares, medida vista por Pequim como uma violação direta de sua segurança nacional.

Reação de Taiwan e condenação internacional

Em resposta às movimentações, a porta-voz do governo taiwanês, Karen Kuo, afirmou que as forças armadas da ilha monitoram a situação de perto e já adotaram as medidas de defesa necessárias. O governo de Taiwan condenou veementemente a atitude de Pequim, classificando as manobras como uma “intimidação militar irresponsável e provocativa” que ignora as normas internacionais. Taipei exigiu o fim imediato das hostilidades, enquanto a China promete manter uma postura firme e decisiva contra o que chama de “forças separatistas” e interferências externas em assuntos que considera estritamente internos.

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