Chefe do Pentágono exige que os EUA se preparem “urgente” para guerra em reunião incomum com comandantes globais
O Secretário de Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth, emitiu um alerta severo em uma reunião com altos comandantes militares, afirmando que o país precisa urgentemente se preparar para a guerra. Embora não tenha citado um adversário específico, ele declarou que “para garantir a paz, precisamos nos preparar para a guerra” e classificou o pacifismo como “ingênuo e perigoso”.
Em seu discurso na base do Corpo de Fuzileiros Navais em Quantico, Virgínia, Hegseth destacou que o momento é de “urgência, uma urgência crescente”. Ele defendeu a necessidade de as Forças Armadas dos EUA terem mais tropas, armas e munições para lidar com supostas ameaças.
Mudança de missão e prioridades
As declarações de Hegseth acompanham mudanças recentes no Pentágono:
- Nova Estratégia de Defesa: O Pentágono concluiu recentemente uma grande revisão de política que reposiciona a segurança interna e o Hemisfério Ocidental como prioridades, antes mesmo da China.
- Departamento de Guerra: Os anúncios vieram após o Presidente Donald Trump ter renomeado o Departamento de Defesa para Departamento de Guerra. Hegseth afirmou que travar guerras seria a única missão da pasta.
- Regras de Engajamento: O Secretário também anunciou regras de engajamento mais flexíveis, permitindo que as Forças Armadas americanas possam “intimidar, desmoralizar, caçar e matar os inimigos”.
O General Dan Caine, Chefe do Estado-Maior Conjunto, reiterou a mensagem, enfatizando que os EUA “devem estar preparados para a guerra”, citando “riscos globais” não especificados que estariam aumentando.
Orçamento e produção de armas
O discurso ocorre em meio a uma expansão orçamentária militar sem precedentes.
O orçamento de defesa solicitado pela Casa Branca para o ano fiscal de 2026 totalizou US$ 1,01 trilhão, um aumento de 13,4% em relação ao ano anterior.
Nesta terça-feira, o Pentágono concedeu à Raytheon um contrato de US$ 5 bilhões para o sistema de mísseis Coyote. Relatos anteriores do Wall Street Journal indicavam que o Pentágono buscava “dobrar ou até quadruplicar” a produção de mísseis, em parte devido a preocupações com o esgotamento dos estoques, o que foi associado a preparativos para um possível conflito com a China.
