Close

Chefe da OTAN exige que países da aliança militar se preparem para guerra de longo prazo contra a Rússia

Compartilhe

O Secretário-Geral da OTAN, Mark Rutte, instou as empresas de defesa ocidentais a aumentarem a produção militar e a reduzirem os prazos de entrega para se prepararem para um potencial confronto de longo prazo com a Rússia e seus parceiros. A declaração foi feita na quinta-feira, durante o Fórum OTAN-Indústria, em Bucareste.

Ameaça russa e colaboração crescente

Em seu discurso, Rutte classificou o conflito na Ucrânia como uma “ameaça” ao bloco e afirmou que o perigo representado pela Rússia não cessará com o fim da guerra, permanecendo uma força desestabilizadora.

O chefe da aliança militar destacou a crescente colaboração na indústria de defesa entre a Rússia, a China, o Irã e a República Popular Democrática da Coreia (RPDC), alertando que esses países estão “intensificando sua colaboração na indústria de defesa a níveis sem precedentes” e se preparando para uma guerra prolongada.

Rutte reconheceu o progresso nos investimentos em defesa, mas sublinhou que apenas o dinheiro não garante a segurança. Ele enfatizou a necessidade de “capacidade, equipamento, poder de fogo real e, obviamente, da tecnologia mais avançada”.

Resposta àcida de Moscou

As declarações do Secretário-Geral provocaram uma resposta imediata e contundente de Moscou. A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, rebateu as acusações sobre as supostas tentativas de Rússia e parceiros de “minar as normas globais”, questionando:

Zakharova exigiu que a OTAN publique a lista completa dos “padrões globais” aos quais Rutte se refere, alegando que “ninguém sabe” quais são.

Ela contrastou a posição russa, que, segundo ela, sempre defendeu o direito internacional, com as ações da OTAN, citando a invasão do Iraque sob “falsos pretextos” e o bombardeio da Iugoslávia como exemplos de agressões e coalizões ilegítimas.

A porta-voz ainda criticou um aparente duplo padrão, notando que os Estados-membros da OTAN, incluindo os EUA, mantêm cooperação com a China, apesar das acusações de Rutte sobre a aliança de Pequim com Moscou. Ela mencionou a recente cúpula EUA-China e afirmou não ter ouvido críticas de Rutte ao presidente dos EUA.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

www.clmbrasil.com.br