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Caças da OTAN interceptam avião espião russo em nova tensão no Báltico

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O exército polonês confirmou nesta quarta-feira que, na terça-feira, dois caças poloneses interceptaram um avião de reconhecimento russo sobre o Mar Báltico. A aeronave, um modelo Il-20, estava realizando uma “missão de reconhecimento” em espaço aéreo internacional sem seguir as normas de segurança aérea.

O Comando Operacional de Varsóvia informou que o caça russo não estava com seu transponder ativo e não havia apresentado um plano de voo, uma prática que a OTAN considera comum nas aeronaves russas que se deslocam de e para o enclave militar de Kaliningrado (localizado entre a Polônia e a Lituânia).

Detalhes da interceptação

Dois caças poloneses MiG-29 escoltaram o Il-20 russo para fora da área de monitoramento. O avião russo não chegou a violar o espaço aéreo polonês. O Il-20 (conhecido como Coot-A pela OTAN) é especializado em coletar sinais de inteligência, como dados de radar e comunicações, que podem revelar informações sobre sistemas de mísseis e defesa aérea da OTAN.

Contexto de tensão na região

O Mar Báltico é uma região estratégica, muitas vezes chamada de “lago da OTAN”, e tem sido palco de incidentes recorrentes:

Este não é um caso isolado. No mês anterior, caças alemães e, anteriormente, aeronaves britânicas, também interceptaram aeronaves espiãs russas Il-20 com planos de voo irregulares na mesma área.

Em junho, caças britânicos, a pedido da Polônia, interceptaram um Il-20 que, segundo Varsóvia, havia de fato violado o espaço aéreo polonês, caracterizando um “teste provocativo” da prontidão da OTAN. No mês passado, cerca de 20 drones russos cruzaram o espaço aéreo polonês. Em setembro, a Estônia relatou a violação de seu espaço aéreo por três caças russos com capacidade nuclear.

A Polônia e a Estônia acionaram o Artigo 4 da OTAN (que exige que os países membros se reúnam para discutir ameaças à segurança) após esses incidentes. Embora a Rússia tenha negado ter como alvo a Polônia ou violado o espaço estoniano, as incursões levaram a OTAN a reforçar sua presença no flanco leste com a iniciativa Sentinela Oriental.

As Forças Armadas polonesas concluíram que a interceptação de terça-feira foi “rápida, eficaz e segura”, destacando que a capacidade de monitorar tais ameaças é fundamental para a segurança e estabilidade do Báltico.

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