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Brasil promete reação pesada contra o aumento das tarifas de Trump

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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, criticou duramente a decisão do governo americano de aplicar uma tarifa de 50% sobre uma série de produtos brasileiros a partir de 6 de agosto, classificando-a como “muita injustiça”. Em uma declaração nesta quinta-feira, Haddad anunciou que o governo brasileiro irá recorrer a “órgãos competentes”, tanto nos Estados Unidos quanto em organizações internacionais, para contestar as medidas.

Apesar da postura crítica, o ministro tentou encontrar um ponto positivo ao mencionar a isenção de quase 700 produtos brasileiros da nova tarifa. Entre os itens isentos estão suco de laranja, aeronaves e petróleo. Haddad avaliou que essa lista coloca o Brasil em um “ponto de partida mais favorável” nas negociações com os EUA, enfatizando que o diálogo ainda está em andamento. Ele revelou que irá se reunir novamente com o Secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, para dar continuidade às conversas.

Haddad reconheceu que, embora as observações brasileiras tenham sido consideradas, a solução está longe de ser definitiva. “Estamos em um ponto de partida mais favorável, mas longe do ponto final”, disse o ministro, reiterando a “grande injustiça” das tarifas. Ele acrescentou que alguns setores foram “dramaticamente” afetados e precisam de atenção “imediata”.

O governo de Luiz Inácio Lula da Silva também estuda levar a questão à Organização Mundial do Comércio (OMC), mesmo que a denúncia seja um gesto simbólico. O objetivo seria chamar a atenção para o funcionamento do sistema multilateral de comércio. Para mitigar os impactos das tarifas, Haddad assegurou que um plano de contingência está sendo elaborado e será implementado nos próximos dias para apoiar a indústria, o emprego e a agricultura nacionais.

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