Brasil e China selam acordo inédito para fortalecer parceria
O Ministério da Fazenda anunciou nesta segunda-feira (21) a criação de uma agência tributária e aduaneira brasileira na China. A iniciativa, vista como estratégica pela Receita Federal desde 2023, busca simplificar o comércio e combater ilícitos entre os dois países, que são os principais parceiros comerciais desde 2009.
Essa será a quinta “Adidância Tributária e Aduaneira” da Receita Federal no exterior. As quatro primeiras foram estabelecidas em 2000, em Washington e Buenos Aires, e em 2002, em Assunção e Montevidéu. A presença desses postos avançados visa agilizar procedimentos e reduzir a burocracia nas transações comerciais.
Segundo a Fazenda, a agência na China trará diversas vantagens, incluindo:
- Melhor entendimento mútuo das legislações de ambos os países.
- Redução de entraves burocráticos que dificultam o fluxo de mercadorias.
- Impulsionamento do comércio bilateral, tornando-o mais eficiente.
Além disso, a unidade será fundamental no combate a práticas ilícitas que prejudicam o comércio, como a evasão fiscal e o contrabando, através da troca direta de informações e experiências.
Aproximação estratégica
A criação da adidância é mais um passo na aproximação entre Brasil e China. A iniciativa foi debatida internamente pelo governo brasileiro desde 2023 e recebeu aval de diversos órgãos e ministérios, incluindo o Itamaraty. Recentemente, os dois países também firmaram um acordo para estudar um corredor ferroviário que ligará os Oceanos Atlântico e Pacífico, reforçando a integração econômica.
