Bombardeio dos EUA atinge barco no Pacífico e mata “narcoterroristas” em meio à série de ataques no Caribe; vídeo
O Secretário de Guerra dos Estados Unidos, Pete Hegseth, anunciou nesta quarta-feira (data) que, sob a direção do Presidente Donald Trump, o Departamento de Guerra realizou um ataque cinético letal contra uma embarcação de tráfico de drogas no Pacífico Oriental na terça-feira.
Em uma declaração via X (antigo Twitter), Hegseth classificou a embarcação como operada por uma Organização Terrorista Designada envolvida no contrabando de narcóticos. Segundo a autoridade, a inteligência dos EUA confirmou que o barco estava em uma rota conhecida de tráfico e transportava substâncias ilícitas.
O ataque resultou na morte dos dois “narcoterroristas” que estavam a bordo, e não houve feridos entre as forças americanas. Hegseth confirmou que o bombardeio da embarcação civil ocorreu em águas internacionais. O Secretário de Guerra reforçou a postura de linha dura do governo Trump, declarando que aqueles que tentam levar “veneno” às costas dos EUA “não encontrarão refúgio em lugar nenhum” no hemisfério.
Comparando os cartéis de drogas à Al-Qaeda, Hegseth afirmou que essa é uma “guerra contra nossa fronteira e nosso povo”, prometendo “apenas justiça” e “nenhum perdão”. Este é o primeiro ataque letal confirmado pelas Forças Armadas dos EUA no Pacífico Oriental, seguindo uma série de bombardeios semelhantes no Caribe.
Execuções questionadas por direitos humanos
As operações letais, que se intensificaram desde agosto com o deslocamento militar dos EUA para a costa venezuelana (descrito por Caracas como uma “ameaça”), têm sido alvo de críticas. Organizações de direitos humanos questionam a natureza desproporcional desses ataques, classificando-os como execuções sumárias e massacres que violam o direito internacional.
Não há um número exato de mortos nesses bombardeios contra as pequenas embarcações chamadas “narco-boats” no Caribe. Relatos da CBS indicam “pelo menos 34 pessoas mortas”, enquanto estimativas oficiais sugerem que o total estaria em torno de 29 vítimas. Em um dos incidentes recentes reportados, duas pessoas morreram, mas houve dois sobreviventes — um colombiano e um equatoriano, acusados de tráfico.
