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Bolsonaro sonda três evangélicos para o MEC, após pressão de aliados

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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tem sondado, desde o fim de semana, nomes ligados ao campo religioso para assumir o comando do Ministério da Educação. O objetivo é evitar novas críticas da Frente Parlamentar Evangélica, conhecida como Bancada Evangélica no Congresso Nacional.

Até o momento, segundo jornal Folha de S. Paulo, três evangélicos conversaram com a equipe do presidente: o pastor Milton Ribeiro, ex-vice-reitor do Mackenzie em São Paulo; o professor da Unb (Universidade de Brasília) Ricardo Caldas; e o reitor do ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica), Anderson Correia.​

Desde a saída de Abraham Weintraub, ligado ideologicamente as ideias do escritor Olavo de Carvalho, Bolsonaro chegou a indicar Carlos Alberto Decotelli, que ficou apenas cinco dias no cargo e sequer tomou posse devido a inconsistências no currículo.

Depois, o presidente chegou a convidar o secretário de Educação do Paraná, Renato Feder, que, ao ser bombardeado pela ala ideológica do governo, anunciou pelas redes sociais que recusaria o convite. Agora, o presidente busca uma solução que contenha possíveis reações da ala ideológica.

Neste caso, porém, os três nomes parecem agradar a ala ideológica no Congresso.

Ribeiro é pastor da Igreja Presbiteriana de Santos, litoral de São Paulo. Doutor em educação pela USP (Universidade de São Paulo), foi vice-reitor da faculdade privada Mackenzie e, no ano passado, foi nomeado para a Comissão de Ética Pública da Presidência da República.

Caldas, que é economista e professor de ciência política, tem doutorado em relações internacionais pela Universidade de Kent em Canterbury, Reino Unido.

 

Ainda segundo jornal Folha de S. Paulo, Caldas agrada integrantes da bancada evangélica, ligados à Assembleia de Deus, como membros da equipe econômica.

Já Correia, além de reunir apoio de pastores evangélicos, agrada também os militares. De acordo com a Folha, ele é considerado, por enquanto, o favorito pelos ministros palacianos por ter perfil técnico e interlocução política. O reitor do ITA deve ter uma conversa com o presidente nesta semana.

Na terça-feira (7), em entrevista concedida após revelar que testou positivo para a Covid-19, Bolsonaro ainda disse que “mantém na reserva” o nome do deputado Major Vitor Hugo (PSL-GO), líder do governo na Câmara dos Deputados.

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