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Bolsonaro se une a aposentados e lança vídeo nas redes contra escândalo do INSS

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O Partido Liberal (PL) iniciou nesta terça-feira (27/5) uma nova campanha em suas redes sociais, destacando o ex-presidente Jair Bolsonaro em um esforço para capitalizar politicamente o escândalo dos descontos indevidos em benefícios de aposentados e pensionistas do INSS.

Em um vídeo compartilhado pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) no X (antigo Twitter), Bolsonaro aparece interagindo com dois idosos que relatam ter sido vítimas dos descontos fraudulentos. Na gravação, o ex-presidente critica a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, afirmando que o atual governo “não cuida dos idosos”.

“Nós temos como lema que a aposentadoria é sagrada. Quem rouba não cuida. Então, lamentavelmente, este governo que está aí não cuida dos idosos”, declarou Bolsonaro no vídeo. Ele prometeu ainda que parlamentares indignados com a situação tomarão providências para que os valores descontados indevidamente sejam restituídos, mencionando que a devolução deve ocorrer “tirando dos sindicatos e associações”.

A fala do ex-presidente faz alusão à mobilização da oposição no Congresso para instaurar a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) sobre o “roubo dos aposentados”. Apesar das tentativas do governo de atrasar ou impedir a criação da CPMI, o Planalto já foi informado de que a comissão será inevitável.

O vídeo divulgado pela campanha do PL também exibe um gráfico que compara o histórico de descontos no INSS, argumentando que os números diminuíram durante o governo Bolsonaro e dispararam na gestão Lula. A narração do vídeo conclui que “Bolsonaro foi o presidente que mais protegeu os aposentados”.

O escândalo veio à tona em abril, após uma mega investigação da Controladoria-Geral da União (CGU) e da Polícia Federal revelar um esquema de descontos ilegais nos benefícios de aposentados e pensionistas do INSS, muitos dos quais sequer sabiam que eram alvo da fraude. Estima-se que os desvios possam alcançar R$ 6,3 bilhões. A repercussão do caso levou à demissão do então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, e à saída do então ministro da Previdência, Carlos Lupi.

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