Bolsonaro passa a primeira noite pós-cirurgia estável e sob efeito de analgésicos

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O ex-presidente Jair Bolsonaro apresenta um quadro clínico estável após ser submetido a uma cirurgia de correção de hérnia inguinal bilateral, realizada na manhã de Natal, no hospital DF Star, em Brasília.

Segundo o boletim médico divulgado pelo cirurgião-geral Cláudio Birolini, o paciente passou a noite bem, embora tenha registrado episódios de soluços e dores leves, ambas controladas pela equipe médica por meio de analgésicos.

O procedimento, que durou cerca de três horas e meia, ocorreu sob anestesia geral e sem qualquer intercorrência técnica. Logo após a intervenção, Bolsonaro foi encaminhado diretamente para o quarto, mantendo-se consciente e comunicativo, dispensando a necessidade de suporte em Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Protocolos de recuperação e fisioterapia

A equipe médica estabeleceu um plano de cuidados focado na mobilização precoce do ex-presidente. A expectativa é que a internação dure entre cinco e sete dias, período no qual o paciente passará por sessões de fisioterapia para evitar complicações respiratórias e vasculares, como a trombose venosa profunda.

Embora a cirurgia tenha sido classificada como eletiva, a intervenção foi considerada necessária para evitar o agravamento da dor na região da virilha e prevenir riscos clínicos futuros. O monitoramento será contínuo, com avaliações diárias para ajustar o tratamento conforme a resposta do organismo.

Monitoramento de soluços persistentes

Um ponto de atenção central para os médicos continua sendo as crises recorrentes de soluços que afligem o ex-presidente há meses. Durante o período de recuperação, a equipe chegou a cogitar a realização de um bloqueio anestésico no nervo frênico para estabilizar o diafragma, mas optou, inicialmente, por uma abordagem conservadora. No momento, o tratamento foca em ajustes na dieta e medicação específica. Os especialistas descartaram, até agora, causas neurológicas para os soluços, associando o sintoma a possíveis alterações no sistema digestivo, que seguem sob investigação durante a estadia hospitalar.

Contexto jurídico e acompanhamento familiar

A internação de Jair Bolsonaro ocorre sob autorização do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), fundamentada em uma perícia da Polícia Federal que confirmou a urgência médica. O magistrado ressaltou que a hospitalização não suspende o cumprimento da pena de 27 anos e três meses de prisão à qual o ex-presidente foi condenado. Durante todo o processo no hospital DF Star, Bolsonaro tem contado com o acompanhamento da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.

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