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Bolsonaro e outros sete são convocados para interrogatório sobre tentativa de golpe de Estado

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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, agendou para a próxima segunda-feira, 9 de junho, o interrogatório dos réus do “primeiro núcleo” da investigação sobre tentativa de golpe de Estado. O grupo é composto por oito pessoas, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Moraes indicou que os interrogatórios poderão se estender por outros dias da semana, caso não seja possível ouvir todos na segunda-feira.

Além de Bolsonaro, fazem parte desse grupo o general e ex-ministro Walter Braga Netto, o ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno, o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), o ex-chefe da Marinha Almir Garnier Santos, o ex-ministro da Justiça Anderson Torres, o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro Mauro Cid e o ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira.

Detalhes dos interrogatórios

Os réus serão ouvidos na sala da Primeira Turma do STF, em Brasília, durante a tarde e a noite de segunda-feira. A única exceção é Braga Netto, que está preso preventivamente no Rio de Janeiro e participará por videoconferência.

A sessão terá início com o depoimento de Mauro Cid, devido à sua colaboração com a investigação, seguido pelos demais réus em ordem alfabética.

Nesta segunda-feira, 2 de junho, a Corte ouviu o senador Rogério Marinho (PL-RN), ex-ministro do Desenvolvimento Regional do governo Bolsonaro. Marinho, que é testemunha de defesa de Bolsonaro no caso, negou ter ouvido do ex-presidente qualquer plano de tentativa de golpe de Estado.

Em seu depoimento, Marinho relatou que, em uma reunião após as eleições presidenciais de 2022, todos estavam “tristes” com a derrota para Luiz Inácio Lula da Silva. Ele descreveu Bolsonaro como “desgastado” devido a um quadro de erisipela, que o impedia de se movimentar e o deixava em tratamento intensivo. “É uma doença extremamente desgastante. Ele (Bolsonaro) estava praticamente sem se movimento, recebendo soro na veia e medicamentos. É difícil após uma eleição dura, após ter perdido, ele estar nessa condição de estar conversando conosco”, afirmou o senador.

Marinho foi a última testemunha do “primeiro núcleo” a ser ouvida pelo Supremo.

Na última sexta-feira, 30 de maio, o senador Ciro Nogueira (PP-PI), também testemunha de Bolsonaro, afirmou que a transição do governo Bolsonaro para o de Lula foi iniciada para conter a mobilização de caminhoneiros que fechavam rodovias em protesto contra o resultado eleitoral de 2022.

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