Bolsonaro alerta para “censura digital” e “agenda ideológica” em post nas redes sociais
Em uma série de publicações nas redes sociais nesta segunda-feira (19), o ex-presidente Jair Bolsonaro expressou preocupação com o que descreveu como “censura digital” e o avanço de “agendas ideológicas”. Ele relembrou medidas tomadas durante seu governo para, segundo ele, proteger a liberdade de expressão, e alertou para o que considera uma tentativa de silenciar a voz da população.
Bolsonaro destacou a Medida Provisória nº 1.068/2021, conhecida como “MP da Liberdade de Expressão”, que visava impedir a remoção arbitrária de conteúdos e perfis nas redes sociais. Apesar de a MP ter sido devolvida pelo Senado, o ex-presidente argumentou que seu objetivo era garantir justificativas claras e amparo legal para ações de moderação.
“Acredito profundamente na importância da liberdade e no dever de alertar a população sobre os riscos do avanço de certas agendas ideológicas. Durante nossa gestão, apresentamos importantes medidas nesse sentido, mesmo diante de forte resistência”, afirmou Bolsonaro.
O ex-presidente também mencionou o veto a trechos da nova Lei de Segurança Nacional, que, segundo ele, poderiam comprometer a liberdade de expressão. Ele argumentou que a legislação existente, como o Código Penal, já estabelece limites para a liberdade de expressão, tornando desnecessárias novas regulamentações.
“Isso desmonta o falso argumento de que seria necessário criar novas regulamentações para conter excessos. Na verdade, o único intuito de novas legislações nesse sentido é, inevitavelmente, calar a sua voz”, declarou.
Bolsonaro criticou o que considera um esforço para silenciar a oposição, afirmando que sua eleição representou uma “ruptura inesperada” para o sistema. Ele alertou para a necessidade de vigilância, sugerindo que há uma tentativa de impedir que movimentos semelhantes ocorram novamente.
“Todos os dias nos perguntamos até onde estão dispostos a ir para impedir que algo assim aconteça. Por isso, precisamos ficar atentos – porque estamos apenas no meio do caminho, e o objetivo final é claro: calar a sua voz por completo”, concluiu o ex-presidente.