Bielorrússia aprova hospedar armas nucleares e forças russas permanentemente
Autoridades bielorrussas disseram que os eleitores aprovaram permitir que o país hospede armas nucleares e forças russas permanentemente, mostraram os resultados, como parte de um pacote de reformas constitucionais que também estendeu o governo do líder Alexander Lukashenko.
O chefe da Comissão Eleitoral Central, Igor Karpenko, diz que 65,16% dos participantes do referendo votaram a favor das emendas e 10,07% votaram contra, segundo agências de notícias russas.
De acordo com Karpenko, a participação dos eleitores foi de 78,63%.
Para entrar em vigor, as emendas precisam receber pelo menos 50% dos votos com uma participação de mais da metade do eleitorado.
Monitores internacionais dizem que as eleições da Bielorrússia não são livres ou justas. A vitória de Lukashenko nas eleições de 2020 provocou protestos massivos e uma repressão brutal.
Lukashenko, que está no poder desde 1994, prometeu o referendo após protestos históricos contra sua disputada reeleição em 2020.
Ao alterar a constituição, Lukashenko, de 67 anos, segue os passos do presidente russo Vladimir Putin, que em 2020 supervisionou uma votação sobre mudanças constitucionais que permitiram que ele permanecesse no poder até 2036.
As mudanças constitucionais também conferem imunidade aos ex-líderes por crimes cometidos durante seu mandato.
A Rússia é um aliado chave da Bielorrússia e, na semana passada, Lukashenko permitiu que as tropas russas usassem o território bielorrusso para invadir a Ucrânia pelo norte.
A Bielorrússia herdou várias ogivas nucleares soviéticas após o desmembramento da URSS em 1991, de acordo com o grupo de estudos Nuclear Threat Initiative, que então transferiu para a Rússia