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BH apresenta risco alto de transmissão do Coronavírus nas escolas diz estudo

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Pesquisa coordenada pelo infectologista Carlos Starling mostra que a capital não tem situação segura para retomada do ano letivo. Somente 25% dos municípios mineiros estão com taxas controladas e mais próximos da reabertura das escolas

No momento em que se intensifica o debate sobre a volta às aulas em Minas Gerais em pleno período de pandemia, Belo Horizonte ainda vive situação de perigo na expansão da doença e tem risco alto de transmissão nas escolas. Essa foi a conclusão de um estudo coordenado pelo infectologista Carlos Starling, integrante do Comitê de Enfrentamento ao Coronavírus na capital mineira, com base nos dados divulgados pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG). Segundo a pesquisa, a cidade apresenta uma taxa de transmissão comunitária alta do vírus e não há garantias de que os estudantes estariam seguros nas instituições de ensino.

Para chegar à conclusão, o grupo de pesquisadores somou os casos de cada município nos últimos 14 dias e dividiu pela população total. Com base no Centro de Controle de Doenças (CDC), de Atlanta, uma taxa de COVID-19 é considerada baixa se existir menos de 20 infectados por 100 mil habitantes nos mesmos 14 dias. Já a taxa de transmissão alta é considerada quando o número de contaminados estiver entre 50 e 200 por 100 mil habitantes. Já a expansão muito alta seria quando os casos ultrapassarem os 200 no mesmo período, por 100 mil habitantes.
O cenário vivido por Belo Horizonte é semelhante ao de outros 331 municípios mineiros, que também contam com taxa de transmissão alta, independentemente da região em que se encontram. São os casos de Contagem (617 mil habitantes), Betim (429.507), Ibirité (155.209), Teófilo Otoni (130.521), Sabará (125.285), Ouro Preto (69.251) Formiga (66.834), cujos índices de expansão da doença ainda estão em situação alarmante e por isso, torna-se inseguro dar o pontapé inicial para a reabertura das escolas. 
Mesmo que ainda esteja em situação de risco, Belo Horizonte vem apresentando estabilidade no número de casos por 100 mil habitantes. A pesquisa mostra que a média de infectados foi de 290 por 100 mil de 22 de julho a 4 de agosto, subiu para 311 de 5 a 18 de agosto, mas apresentou novas quedas de 19 de agosto a 1º de setembro (206), de 2 de 15 de setembro (170) e 16 a 29 de setembro (162).

“Em Belo Horizonte, temos essa tendência de redução da taxa de transmissão da doença, o que é positivo. Temos uma taxa ponderada, que está caindo aos poucos, o que dá condições de as escolas reabrirem com segurança no futuro. Apesar de os números serem elevados, os casos na cidade vêm caindo”, ressalta Carlos Starling. 
O levantamento mostra também que 52 municípios mineiros (6% do total) apresentam atualmente uma taxa baixa de transmissão de COVID-19 e outros 163 têm índice muito baixo de expansão. Por outro lado, 167  cidades (20%) ainda vivem o pico da doença, com taxas muito altas de contaminação, como Ipatinga (241 mil habitantes), Itabira (109 mil), Muriaé (99 mil) e Nova Lima (75 mil). Essas cidades têm de fazer um esforço grande para baixar as taxas e a população seguir as normas para ter uma situação confortável para a volta às aulas”, afirma o infectologista. 

Com informações Estado de Minas

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