Barco que hospeda Lula em Belém vira alvo de investigação no TCU e PGR, após investida da oposição
O vice-líder da Câmara, deputado federal Ubiratan Sanderson (PL-RS), protocolou representações junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) e à Procuradoria-Geral da República (PGR) para que sejam apuradas possíveis irregularidades no aluguel do barco que serve como hospedagem para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Belém, no Pará, durante a COP-30.
O ofício foi apresentado na terça-feira (4) e divulgado pelo deputado em suas redes sociais na quarta-feira (5).
A controvérsia da embarcação
Segundo informações da Presidência da República, Lula está a bordo do Iana III, uma embarcação que segue o estilo regional amazônico e está atracada na Base Naval de Val-de-Cans.
A Secretaria de Comunicação da Presidência da República defendeu a escolha em nota, assegurando que o barco foi alugado por atender às “especificações necessárias para receber o presidente e sua equipe, operando como um hotel”. A Presidência afirma que buscou soluções que fossem adequadas, cumprindo a legislação em vigor, o que inclui critérios de segurança, preço e conforto.
Críticas do deputado
O deputado Sanderson, no entanto, questionou a despesa, alegando que havia uma alternativa gratuita e segura:
“Tinha um navio da Marinha, gratuito, seguro, pronto pra ser usado – mas foi descartado porque não era ‘confortável o bastante'”, criticou o vice-líder.
O parlamentar do PL ainda atacou a gestão dos recursos públicos, afirmando que o aluguel demonstra um “esbanjando dinheiro do contribuinte com luxo e extravagâncias” em um momento de preocupação com o “rombo nas contas, déficit fiscal, corte de gastos, falta de dinheiro para a segurança pública”.
Sanderson solicitou a investigação da “despesa absurda e falta transparência” do aluguel.


