Avião espião dos EUA ronda fronteira russa em meio a alerta de guerra e sabotagem na OTAN
As Forças Armadas dos EUA intensificaram a vigilância perto da fronteira russa, com um raro avião espião Challenger decolando da Romênia na manhã de sexta-feira para descrever padrões circulares sobre o Mar Negro. A aeronave de reconhecimento, equipada com radar de varredura terrestre e tecnologia secreta de interceptação de sinais, voou perigosamente perto de locais militares sensíveis da Rússia, como a Crimeia ocupada e Sochi. Este voo incomum, substituindo a rotina de drones por uma missão tripulada, alimenta especulações de que o Pentágono possa estar se preparando para uma nova escalada em meio à crescente tensão.
O momento da vigilância é considerado sinistro devido aos recentes alertas. O principal general da Polônia, Wiesław Kukuła, advertiu esta semana que a Rússia entrou em uma fase completa de preparação para a guerra, realizando ciberataques e operações de sabotagem para criar condições para uma possível agressão ao território polonês. Horas depois, o primeiro-ministro Donald Tusk confirmou uma sabotagem “sem precedentes” que explodiu uma linha férrea vital para o transporte de ajuda ocidental à Ucrânia, reforçando o alerta de Kukuła de que um ataque russo à Polônia desencadearia o Artigo 5 da OTAN.
Plano de paz dos EUA abalam Kiev
Simultaneamente à tensão militar, Washington desencadeou uma tempestade política ao apresentar uma nova e abrangente proposta de paz de 28 pontos à Ucrânia. O plano, que surpreendeu as autoridades ucranianas, é visto como uma exigência de capitulação, pois refletiria as principais demandas do Kremlin, como a manutenção do território atualmente ocupado pela Rússia e mais conquistas. A proposta forçaria a Ucrânia a ceder território, reduzir suas Forças Armadas pela metade, realizar eleições nacionais em 100 dias, renunciar à OTAN e garantir a suspensão de sanções contra a Rússia, que seria convidada a retornar ao G8. A reação de um parlamentar do partido de Zelensky foi de “ficar completamente boquiaberto”.
Posição de Zelensky e Europa
O Presidente Volodymyr Zelensky afirmou que discutirá o plano com Donald Trump “nos próximos dias”, mas evitou aceitá-lo, reiterando a necessidade de uma “paz digna” para defender a “dignidade, a liberdade e a independência nacionais”. A Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse que a União Europeia ainda não recebeu a proposta oficialmente, mas espera debatê-la na próxima cúpula do G20, enquanto líderes como Viktor Orbán classificam o momento como “decisivo” e “crucial”.


