Ataque violento da Rússia com mísseis e drones deixa mortos em Kiev e pessoas sob os escombros.
Um ataque russo com drones e mísseis atingiu a capital da Ucrânia, Kiev, resultando na morte de pelo menos nove pessoas, incluindo uma criança de seis anos, e deixando 124 feridos. As autoridades ucranianas informaram que o bombardeio causou danos em 27 locais, espalhados por quatro distritos da cidade. Equipes de resgate estão nos escombros em busca de sobreviventes.
O ataque ocorre poucos dias após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, emitir um ultimato de 10 a 12 dias para que a Rússia interrompa a invasão da Ucrânia. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, postou um vídeo das ruínas em chamas e afirmou que a Rússia utilizou mais de 300 drones e oito mísseis. Ele reforçou a necessidade de apoio internacional para forçar Moscou a negociar a paz.
O ministro das Relações Exteriores, Andrii Sybiha, descreveu a manhã em Kiev como “horrível”, relatando que o ataque destruiu prédios residenciais inteiros e danificou escolas e hospitais. Moradores como Yana Zhabborova, que acordou com as explosões, relataram o choque e a destruição.
O Ministério da Defesa da Rússia, por sua vez, declarou que o ataque mirou e atingiu campos de aviação, depósitos de munição e empresas ligadas ao “complexo militar-industrial” de Kiev. A força aérea ucraniana, no entanto, afirmou ter interceptado a maioria dos drones e mísseis.
Como resposta, drones ucranianos atacaram uma fábrica de eletrônicos em Penza, na Rússia, que, segundo um funcionário do Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU), produz sistemas de controle de combate para o exército russo. O ataque provocou um incêndio na fábrica e os destroços dos drones chegaram a interromper o trânsito de trens na região de Volgogrado.
Em um desenvolvimento no campo de batalha, a Rússia anunciou a captura da cidade de Chasiv Yar, um centro militar de grande importância para as forças ucranianas na região de Donetsk. A Ucrânia ainda não se pronunciou sobre a suposta perda da cidade. A conquista, se confirmada, abriria caminho para as forças russas avançarem sobre os redutos civis de Kramatorsk e Sloviansk. A captura de toda a região de Donetsk tem sido uma prioridade militar do Kremlin.
Ucrânia pede pressão máxima contra a Rússia
Em um apelo à comunidade internacional, o ministro Andrii Sybiha solicitou que a pressão sobre Moscou seja intensificada para acabar com a guerra. Sybiha acusou o presidente russo, Vladimir Putin, de se recusar a negociar e de se dedicar à destruição, pedindo que a comunidade internacional “faça-o sentir a dor e as consequências de suas escolhas”. O ministro criticou a falta de disposição de Putin para encerrar o conflito e disse ser o momento de pressionar Moscou ao máximo.
